A troca de experiências foi o centro do debate do Programa “Cruzada por Uma Vida Sem Drogas” realizado nesta quarta-feira, 22, no Setor Santa Bárbara, região sul da capital. O programa pretende percorrer várias regiões colhendo experiências, idéias e sugestões tendo como viés o planejamento de ações práticas. Com participação popular, a comunidade do Setor foi ouvida e dezenas de famílias que convivem com a droga puderam dividir os problemas e contar com o apoio de instituições sociais e entidades religiosas, parceiras ao projeto.
“O pontapé inicial é o mapeamento das reais necessidades das comunidades. Cada região tem uma demanda diferente, um caso novo, uma experiência” explicou a coordenadora do programa e vice-prefeita de Palmas, Edna Agnolin. Para ela, a parceria entre as instituições e a comunidade, visa criar um elo entre família e as esferas da sociedade, para juntos encontrarem uma solução para o problema com as drogas.
Dona Santana de Sousa, mãe de uma dependente química testemunhou o sofrimento e desespero que a droga acomete desde muito tempo em sua família. “Na minha casa não tem mais nada de valor, tudo foi trocado por drogas. Preciso de ajuda, meu filho já foi internado várias vezes e foge, agora só me resta pedir socorro”.
O presidente da Casa de Recuperação Leão de Judá, pastor Manuel Albuquerque, disse acreditar que o diálogo é o caminho para atenuar parte do sofrimento das comunidades e que é louvável a iniciativa da vice-prefeita na condução do programa. “Recuperar uma doença que está fazendo mal é fácil, mas recuperar uma doença que supostamente te dá prazer, é muito difícil. A droga é uma doença que precisa de muitos cuidados”, declarou.
Dentre as ações estabelecidas na reunião, está firmado que projetos esportivos, palestras educativas, cursos profissionalizantes e o resgate de jovem para a escola terão prioridade de atuação na região. Sobre as ações, Edna Agnolin se comprometeu em buscar junto com os parceiros do programa a realização das atividades. “Acreditamos que unindo as forças, vamos conseguir. Precisamos dos parceiros envolvidos e a participação efetiva da comunidade. Esta é a fórmula do sucesso da Cruzada, querer é fazer”, reforçou. (Assessoria de imprensa Edna Agnolin)
