O governador Siqueira Campos recepcionou, na manhã desta segunda-feira, 26, comitiva composta por 25 oficiais de alta patente da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, que participam hoje e amanhã, no auditório do Palácio Araguaia, dos trabalhos de conclusão do curso de estudos militares, intitulado “Estudo Estratégico de Área” (no caso do Tocantins, da “Região Amazônica”), contemplando os setores do poder político, econômico e militar.
O fórum tem a coordenação da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, a participação do 22º Batalhão de Infantaria do Exército, de Palmas, Capitania de Fragata Araguaia-Tocantins Portos, Marinha do Brasil, na capital, Comando Geral da PMTO e oficiais, integrantes da ESG-Escola Superior de Guerra, no Tocantins, além de secretários e outras autoridades do Governo do Estado.
O curso de estudo estratégico vem sendo realizado de forma simultânea nas diversas regiões do ponto de vista político-administrativo-militar do País para, em seguida, ser reunido em um estudo conclusivo da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Brasileiro, sediada no Rio de Janeiro. Ao abrir o encontro de trabalho, o secretário de Ciência e Tecnologia, Luiz Carlos Borges da Silveira, fez uma abordagem desde a luta pela criação do Tocantins, da implantação e atuação do governador Siqueira Campos, visando consolidar o estado, de suas potencialidades e da margem de produção e desenvolvimento que o jovem estado pode alcançar, com base no apoio que diz ainda carecer dos órgãos do governo federal, iniciativa privada e mesmo apoio na área internacional.
Investimentos potenciais
O secretário afirmou, por exemplo, que o potencial tocantinense na agricultura pode ser expandido de forma destacada com aproveitamento dos cinco milhões de áreas degradadas existentes hoje; na silvicultura, através da seringueira, com previsão de chegar nos próximos anos, a 400 mil hectares e, em 2015, sendo o estado com a maior produção de peixes do país, diante do projeto que o Governo estadual vem estruturando.
Borges da Silveira mencionou também a malha rodoviária, ferroviária, hidroviária, com eclusas a serem construídas nas usinas hidrelétricas, como condições para acolher investimentos privados no estado. O comandante do 22º BI, tenente coronel, Marco Antônio Martin, assinalou que sob a ótica estratégica o Tocantins exerce um potencial importante no adestramento de tropas o ano todo, por existir aqui os quatro biomas comuns ao País, o cerrado, características da caatinga (Jalapão), o pantanal e floresta.
O comandante do 22º BI disse ainda do sonho de ver instalada no estado uma companhia do Exército fluvial, para defesa dos recursos ambientais e auxílio à Marinha. Também ao proferir palestra no fórum, o capitão de Fragata, Luiz Alberto Campos da Silva, que comanda 50 militares da Marinha no estado, e que em temporada de praia, chega a ser por cobrir uma extensão de 400 km de portos tocantinenses, observou que será fundamental para a construção das eclusas nas hidrelétricas no Tocantins, para viabilizar a navegação e o barateamento dos custos de transporte da produção do estado.
O painel segue nesta terça com palestras de dirigentes da FAETO E Fieto. Os 25 oficiais cariocas visitantes deverão, na sequência, realizar um passeio flutuante no lago de Palmas e uma visita à UHE Luís Eduardo Magalhães. (Secom)