Cortes, separando a cabeça, a carcaça e o filé do peixe Tambaqui foram apresentados na oficina de processamento de pescado, promovida pela Subsecretaria de Aquicultura e Pesca, da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, juntamente com o Ruraltins e o SENAC. A oficina ocorreu na manhã desta quarta-feira, 19 de outubro, na 7ª edição do Amazontech, que está acontecendo no Espaço Cultural em Palmas.
Na demonstração dos cortes, foram utilizados um alicate especial, pequeno, para retirar a pele do peixe e uma faca comum para separar o filé da cabeça e da carcaça. Durante o procedimento, as instrutoras informaram que todas as partes do pescado podem ser aproveitadas. Da cabeça pode ser feito o pirão e o caldo, da carcaça se faz quibe, croquete e hambúrguer, após passar pelo processo de trituração, na máquina que é utilizada para moer carne bovina. Já do filé pode ser feita pizza, enroladinho de bacon, dentre outros.
A engenheira de alimentos do Ruraltins Vanusse B. G. Beuter falou da importância da higienização no momento da manipulação de alimentos, principalmente quanto se trata de um produto perecível como o peixe. “Não importa a quantidade que será preparada é fundamental a higienização. Retirar anéis, aliança, pulseiras e usar luvas para manipular o alimento, pois os microorganismos estão por toda parte. Por mais que seja pequena a quantidade precisamos ter cuidado”, orientou a engenheira.
A bióloga e coordenadora de Taque de Rede da Subsecretaria de Aquicultura e Pesca da Seagro, Cássia Bento Sobreira, disse que a proposta da oficina é disseminar a informação sobre o valor nutricional de pescado, incentivar o consumo e orientar sobre a manipulação do produto. “O objetivo é inserir o peixe na merenda escolar e o órgão de defesa animal do Estado já está estudando uma forma legal para que produtos artesanais sejam inseridos na merenda escolar do Tocantins”, revelou Cássia.
Receitas
Após a apresentação do processo de cortes, as instrutoras explicaram como deve ser manipulado o produto no momento do preparo e fizeram algumas receitas, como quibes, filé a rolê com bacon e pizza. Em seguida, o público participante degustou os quitutes. Essa parte da oficina ocorreu no SENAC Móvel, instalado no local.
A engenheira agrônoma Ana Luiza Rodrigues acompanhou todo o processo e disse que a partir das técnicas aprendidas vai passar a consumir peixe mais vezes. “Consumia uma vez por semana devido à dificuldade do preparo, mas agora, já vou comprar os equipamentos, utilizar a técnica e preparar as receitas em casa”, admitiu, ressaltando que os pratos degustados são maravilhosos, saborosos e não têm o cheiro forte de peixe.
Nesta quinta-feira, 20 de outubro, ocorrerá a mesma oficina sobre o processamento e manipulação do tambaqui, das 9 às 10h, no Mini entreposto e a elaboração das receitas as 10h30, no SENAC Móvel. Ambos instalados na área da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. (Ascom Seagro)