No município de Colinas do Tocantins os vereadores instituíram uma comissão provisória de investigação para apurar denúncias de possível envolvimento de servidores da atual administração municipal em algumas irregularidades.
No requerimento que instituiu a comissão, formada pelos vereadores Washington Ayres (PMDB), Paulo Isaías (PT) e Maria Cleidiomar do Espírito Santo (PSB) consta que as denúncias apontam que são vários servidores possivelmente envolvidos em atos de receptação e corrupção ativa e passiva.
No entanto, a proposição para apurar possíveis atos por parte de servidores da gestão do prefeito José Santana (PT) surgiu de um fato isolado que resultou na exoneração do ex-diretor de habitação da prefeitura, Joaquim de Araújo. Os vereadores querem ampliar a apuração para averiguar se há outros servidores envolvidos com tal prática ilegal.
Com a falta de material para continuar a construção das casas do programa “Minha Casa, Minha Vida” o servidor teria sugerido ao Banco Paulista, responsável pelo contrato, uma empresa para aquisição do material em falta. No entanto, depois foi constatado que o material fazia parte de uma carga roubada. “O produto tem suspeita de ter sido de carga roubada”, afirmou o prefeito em entrevista ao Conexão Tocantins.
Santana conta que assim que ficou sabendo sobre a carga foi até a polícia e relatou o fato. “Na verdade, foi uma relação particular dele com a empresa e não com a prefeitura mas o município n poderia aceitar um funcionário com essa conduta”, disse o gestor. Joaquim deixou o cargo à disposição do prefeito que o exonerou em seguida.O prefeito petista frisou que a prefeitura não se omitiu diante da conduta do servidor e tomou as providências necessárias.
Motivação política
A comissão tem 30 dias para entregar o relatório com a apuração do fato do servidor. A intenção dos vereadores de oposição é averiguar se há outros funcionários também com qualquer envolvimento direto com receptação. O requerimento foi aprovado com apoio da base do prefeito. O presidente da Câmara, petista José Lauriano Júnior frisou que a comissão surgiu com base em uma motivação política já que as providências com relação ao servidor em questão já foram tomadas e ele vai responder pelo caso.
“Entendemos que tem que ser apurado”, frisou ressaltando porém que a administração agiu imediatamente com relação ao caso.