Competição por espaço, pressão pela não abertura de novas áreas, preço dos insumos agrícolas e demanda crescente por alimentos são os principais desafios a serem superados pela pecuária brasileira. Para discutir os novos rumos da agropecuária tocantinense a Seagro - Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário realizou, nesta quinta-feira, em Gurupi, o VI Encontro Estadual de Pastagens.
Esta edição contou com um público de mais de 350 pessoas, entre acadêmicos, pesquisadores, produtores e técnicos. O evento possui um histórico de contribuições para a atividade, no qual vêm sendo discutidas alternativas para o desenvolvimento de cultivares, o manejo de pastagens, o planejamento forrageiro, a profissionalização do produtor, entre outros temas relevantes.
Para o coordenador de Desenvolvimento Animal da Seagro, o médico veterinário, Claudio Sayão Lobato, o encontro teve saldo positivo, com recorde de participantes. “Conseguimos neste evento trabalhar com a transversalidade, com participação de instituições parceiras apresentando as pesquisas que estão sendo feitas e executadas, mostrando que a ciência está empenhada em proporcionar o desenvolvimento do setor agropecuário do Estado”, completou.
No período da tarde foram apresentadas em palestras, seguidas de debates, temas sobre os programas de produção, políticas públicas, inovações e implantações tecnológicas, manejo de pastagens, além de apresentação de pesquisas realizadas pela Embrapa e UFT - Universidade Federal do Tocantins.
Palestras
O pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, Leonardo Moreno, mostrou os aspectos da implantação e manejo de pastagem em sistema de ILPF – Integração Lavoura, Pecuária, Floresta. Segundo ele, o ILPF consiste de diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, madeira, carne, leite e agroenergia, implantados em uma mesma área, em consórcio, em rotação, ou em sucessão. “O foco atual da ILPF é a recuperação de pastagens e áreas degradadas ou em processo de degradação, e o uso deste sistema ajudam o agricultor a produzir mais com menos”, explicou.
Do Ministério da Agricultura, o engenheiro agrônomo, Antônio Humberto Simão, fez apresentação do PISA – Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários - e a sua implementação no Tocantins, além do Programa ABC, que financia a recuperação de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de lavouras integradas, plantio de novas florestas, entre outras práticas agropecuárias.
Em seguida, professores da UFT apresentaram pesquisas realizadas no Estado. Uma delas é a pesquisa sobre o aproveitamento de resíduos para produção de pastagens no Tocantins, realizada pelo professor Rubens Ribeiro da Silva, e a pesquisa sobre a utilização das pastagens no período de chuva e no período de estiagem no Estado, desenvolvida pelo professor Emerson Alexandrino. (Ascom Seagro)