Depois de um longo tempo de seca, o período chuvoso se inicia no Tocantins e o produtor rural, que sofre com o período de estiagem, comemora a chegada das chuvas, que na maioria dos casos proporciona um ganho real na produtividade. Contudo, neste período os pecuaristas devem estar atentos a alguns cuidados essenciais com suas criações.
Segundo a Coordenadoria de Desenvolvimento Animal da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, esta época de chuvas é propícia para a proliferação de doenças no rebanho, em razão da alta umidade, por isso é tão importante a vermifugação (no início e no final do período das chuvas), os cuidados com os bezerros - sobretudo os recém-nascidos, e a higienização dos currais, que tendem a ficar cheios de lama. Técnicos do setor ainda chamam atenção para o aproveitamento efetivo das pastagens, que se encontram em abundância, no período chuvoso.
Conforme a equipe técnica da Seagro, a alimentação é o maior “desafio” para o criador de gado, por isso é preciso aproveitar ao máximo as pastagens no período chuvoso e armazenar alimentos para o período da seca. Os ganhos no período das chuvas podem ser sentidos por produtores de gado leiteiro, que produz mais leite, com o gado de corte, que engorda mais rápido, e até com o gado de confinamento, devido a facilidade de obtenção da ração.
Criação de aves
Numa escala muito menor, os produtores de aves do Estado também poderão ter proveitos com o período chuvoso. De acordo com Sílvio Reinaldo de Oliveira, zootecnista da Seagro, as criações de aves industriais sofrem pouco impacto com a mudança das estações, sobretudo porque as granjas são climatizadas. Porém, é necessário um cuidado maior com a sanidade dos animais, em razão da alta proliferação das bactérias e de outros micro-organismos.
A alimentação das aves é restrita a ração, que sofre impacto de custo no mercado do milho e não necessariamente no período chuvoso. “As chuvas aumentam o bem estar das aves, que por consequência se alimentam melhor, podendo registrar um aumento de peso maior nesse período”, explica Oliveira. (Ascom Seagro)