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Educação

Focada em instigar um mês inteiro de reflexão sobre a Consciência Negra, normalmente pela maioria apenas lembrada no dia 20 de novembro, data reservada a esta temática no calendário brasileiro, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio da Diretoria de Educação Indígena e Diversidade, promove o 6º Fórum Estadual de Educação e Cultura Afro-Brasileira, entre esta terça, 8, e quinta-feira, 10. A abertura oficial do evento está prevista para as 18h30, no Colégio São Francisco de Assis, localizado na Avenida JK, em Palmas, onde também ocorrerá, a partir das 20h30, a palestra “Educação Quilombola no Ano Internacional dos Afrodescendentes: conquistas e avanços, com ênfase no ensino, pesquisa e extensão”, a ser ministrada por Mariana Cuna Pereira, da Universidade Federal do Goiás (UFG).

No segundo dia de Fórum, as atividades terão início às 8h, com as inscrições e credenciamentos, desta vez no Colégio Marista (quadra 110 Sul). Na sequência, após um momento artístico, às 09 horas, ocorrerá a primeira mesa redonda, que abordará os três eixos temáticos do encontro: a Educação das Relações Étnicos Raciais (Erer); a cultura africana; e as políticas públicas e as ações afirmativas referentes a ela. Finalizando as atividades matutinas, será realizada a divisão dos fóruns de discussão para a elaboração do Plano Estadual da Erer. A partir das 14 horas, haverá novo momento artístico que antecede a continuação dos grupos de trabalho acerca do Plano Estadual.

Finalizando a programação do evento, na próxima quinta-feira, 10, a partir das 8h, haverá um novo momento artístico, às 9h, uma mesa redonda sobre o “Espaço da Diversidade Étnico Racial no currículo das Instituições de Ensino Superior e da Educação Básica.” Após um breve intervalo, os fóruns de discussão retornarão para sistematizar proposições de ações sobre como inserir a cultura afro, africana e indígena no contexto das Educações Básica e Superior como parte dinâmica do currículo. Às 14h, mais um momento artístico antecederá a plenária, que terá início às 14h20. Já às 16h, acontecerá a reunião plenária para articulação com os demais segmentos da diversidade, como as Educações de jovens e adultos, do campo e indígena, além do meio-ambiente, do gênero e dos direitos humanos. Por fim, às 15h30, ocorrerá o retorno ao grupo para a socialização e sistematização das proposições em documento único do Plano Estadual dos Direitos Humanos.

Importância e objetivos do evento

Diretor de diversidade da Seduc, Maximiano Bezerra afirma que o Fórum marca um momento especial da Educação no Tocantins, quando as discussões sobre a consciência negra vêm conquistando mais espaço e, consequentemente, importância no cenário tocantinense. “Esta é a primeira vez que nós teremos um mês inteiro de debates acerca da consciência negra. Sem contar, ainda, que vamos concluir o plano estadual sobre o tema, o que vai nos permitir sair das cartas anuais antes praticadas para a implantação de um plano de governo, um conjunto de informações voltado para todos os cidadãos tocantinenses. Isto fará com que as discussões focadas nas relações étnicas cheguem de maneira mais completas às escolas, atendendo aos educadores, que reclamavam da falta deste tipo de material”, ressalta o diretor.

Além disto, como reforça Maximiano, o tema será trabalhado em todas as unidades estaduais de ensino do Estado, o que é fundamental para tornar o assunto uma pauta diária na vida dos cidadãos tocantinenses. “Nós enviamos sugestões de atividades para todas as escolas trabalharem com os alunos durante o mês de novembro. Elas vão de elementos norteadores como a exibição de filmes sobre a temática, como o ‘Vista a minha pele’, e a indicação de livros que também a abordem, como o ‘O negro no mundo dos brancos’, dentre outras ações, como palestras e rodas de discussões envolvendo movimentos negros, grupos de capoeira, de hip-hop ou de religiões de matriz africana. São temas que deveriam fazer parte do cotidiano de todos, mas, já é de grande importância eles conquistarem um mês inteiro de foco”, enfatiza.

Essencialmente, o 6º Fórum Estadual de Educação e Cultura Afro-Brasileira objetiva discutir, conhecer e propagar a valorização da história dos povos africanos e afrodescendentes na construção histórica e cultural brasileira no contexto educacional. Por este motivo, ele é voltado para professores, alunos, gestores e técnicos da Educação Básica e do Ensino Superior das redes públicas e particulares, além de militantes dos movimentos negros, gestores e técnicos de instituições públicas e da sociedade civil do Tocantins. (Ascom Seduc)