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Polí­cia

Depois da operação Candy Shop (“Loja de Doce”, em tradução livre), a Polícia Federal realizou um entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 6, para comentar sobre a atuação no cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão nos Estados do Tocantins e Goiás. Destes, segundo a PF, 7 foram feitas em Palmas e outras 3 em Goiás, sendo duas na capital, Goiânia e uma no interior.

Conforme o superintendente estadual da Polícia Federal no Tocantins, Elzio Vicente da Silva, informou durante a coletiva, entre os investigados pela PF durante a operação estavam empresários, sócios de empresas, familiares, além de uma pessoa ligada a um político do Tocantins. “O que podemos dizer é que era o filho de uma pessoa que já ocupou um cargo eletivo”, completou.

A PF informou, ainda que o público-alvo da quadrilha eram jovens de classes média-alta e alta que frequentavam festas e casas de shows em Palmas. Contudo, o delegado da PF informou que a quadrilha desmantelada durante a operação não contava com uma estrutura organizacional elaborada. “Não existia uma estrutura empresarial na quadrilha”, disse.

Contudo, quando questionados sobre os nomes dos envolvidos e as quantidades de material apreendido, o superintendente frisou que não poderia revelar os dados para não atrapalhar a operação. “Por segurança da operação, nós preferimos não divulgar estes dados neste momento”.

A Operação

O superintendente da PF salientou que a operação Candy Shop teve início em julho de 2011 e investigou a atuação dos traficantes a partir dos contatos feitos pelos usuários durante as festas e shows em Palmas. Conforme a Polícia, o transporte entre Goiânia e Palmas era feita em veículos particulares, além de ônibus e voos comerciais. “Os traficantes de Goiás passavam as drogas para os de Palmas que as revendiam nas festas, casas de shows”, frisou o delegado regional da PF, André Santos Sousa.

Já o superintendente da polícia destacou que mesmo com a deflagração das prisões e apreensões, a operação Candy Shop continua com as análises do material apreendido e o julgamento dos envolvidos. Caso sejam condenados, cada membro da quadrilha de tráfico interestadual de drogas pode pegar de 16 a 41 anos de prisão.

TV Anhanguera

A TV Anhanguera divulgou na segunda edição do jornal nesta noite de terça-feira o nome das pessoas que supostamente estariam envolvidas na Operação Candy Shop.

A afiliada da Globo informou que foram presos o empresário dono da Precil, José Nelson Andrade Barbosa, conhecido como “Zé Nelson”, o filho dele José Lucas Palhares Barbosa, Tianine Nunes Martins, conhecida por “Nine”, Leandro Ferreira Maciel, o “Chacal”, Eduardo Borges Monteiro, o “Dudu”, Tiago Nunes Sousa Martins, conhecido como “Tiago Bob”, Marcos Vinicius Castro Vitoriano, o “Parazinho”, Gisele Nunes Veiga. Ainda foi preso um homem identificado apenas como Raniere.

Atualizada às 20h15