O deputado estadual Sargento Aragão (PPS) informou durante entrevista ao Conexão Tocantins nesta sexta-feira, 13, que pretende estender as negociações em torno dos projetos encaminhados pelo governo do Estado que tratam da estrutura e estatuto da Polícia Militar do Tocantins. Os deputados da oposição usaram de uma manobra conhecida como obstrução para barrar a votação. Com isso todos os projetos seguem travados na Casa de Leis.
Aragão salientou que a medida é uma tentativa de sensibilizar o governo no que diz respeito às carreiras de praça e oficial da PM e do Corpo de Bombeiros. Em tom de decepção, o deputado frisou que “analisar (os projetos), nós já analisamos. Nós queremos que o governo se sensibilize principalmente no que diz respeito à regra de transição”.
De acordo com o deputado, o principal foco que ele ainda espera ser mudado, é com relação à progressão do policial dentro da corporação militar. Aragão explicou que um soldado recém concursado para a PM precisa passar por diversos concursos para progredir na carreira, enquanto um concursado para oficial só precisa de um. “Comparando as duas carreiras, existem quatro concursos para quem está na carreira de praça e apenas um para quem está na de oficial”, salientou.
Sessão conturbada
Depois de intensas negociações e grandes movimentações em torno dos cinco projetos de lei que tratam da carreira de policial militar, foi marcada, para o final da tarde de ontem, uma reunião extraordinária das comissões conjuntas na Assembleia Legislativa, para que o deputado Eli Borges (PMDB) devolvesse o parecer das vistas que havia pedido no dia anterior.
Após a reunião, uma sessão, também extraordinária, foi marcada para que os processos pudessem ser votados. A vontade da base governista era que o assunto fosse concluído ainda na sessão de ontem. No entanto, conforme Aragão que é representante da classe da PM da Assembleia, a bancada de oposição se movimentou no sentido de barrar a votação e se retirou do plenário. Com isso, o quorum mínimo de 13 deputados não foi atingido e a votação adiada.
Aragão salientou, contudo, que a matéria deverá ser votada, de qualquer maneira, na próxima segunda-feira. Mesmo que a oposição se retire novamente do plenário, a base governista por si só possui o número necessário de parlamentares para o quorum mínimo de votação de matérias.