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Estado

Foto: Divulgação

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A Areja – Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão, encaminhou nota de repúdio na tarde desta sexta-feira, 27, onde a presidente Ana Claudia Matos diz repudiar a atitude do empresário Carlos Amastha de instalar no Shopping Capim Dourado, em Palmas, um espaço de comercialização de artesanato em capim dourado. O novo espaço foi inaugurado na quarta-feira, 25.

A Associação alega que Amastha fez compromisso ainda em 2008 à Dona Miúda, precursora do Capim Dourado no Estado, de fornecer o espaço gratuitamente para que os associados comercializassem no Shopping no entanto o espaço foi alugado para um comerciante. “Em 2008, o Senhor Carlos Amastha prometeu – e isso é fato fartamente documentado – a minha avó Dona Miúda (hoje falecida) que, em troca do uso do nome “Capim Dourado” em seu empreendimento cederia, sem qualquer custo à Areja, espaço para comercializarmos nosso artesanato. Nos surpreende a notícia de que esse espaço estaria sendo ocupado por um comerciante que compraria “preferencialmente” nossos produtos para revender”, explica a presidente.

Questionado pelo Conexão Tocantins sobre o assunto no final da tarde de hoje Amastha afirmou que por questões burocráticas a melhor saída para dar espaço á Associação foi alugar a loja a um comerciante com exigências firmadas em contrato que beneficiam a categoria.

No contrato, segundo explicou Amastha, o comerciante tem a obrigação de comprar todos os produtos na região do Jalapão, dar preferência aos associados da Areja e repassar o valor do aluguel mensal integralmente para entidades que trabalham com o manejo do capim dourado. “Tudo o que faço é por consciência, desejo de ajudar o próximo e em memória à Dona Miúda”, frisou o empresário.

Em entrevista ao Conexão Tocantins a presidente da Associação reiterou que a Areja é a Associação que congrega todas as outras associações de artesanato em capim dourado da região do Jalapão,e a únicadetentora do Selo de Indicação Geográfica do artesanato em capim dourado no Tocantins. “Estamos revoltados nós desenvolvemos um trabalho que visa possibilitar aos artesãos a venda direta ao consumidor final, sem atravessadores, com o intuito de melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias”, disse a presidente que mencionou ainda a possibilidade de acionar o Ministério Público para averiguar a origem dos produtos adquiridos pela loja.