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Campo

Dentro da programação do Ciclo de Palestras sobre Biocombustíveis, durante a 12ª Agrotins – Feira de Tecnologia do Tocantins, foi realizada na tarde desta última quarta-feira, 9, reunião técnica do grupo de trabalho para discutir a criação de polos de produção de biodiesel no Estado. Além da Seagro - Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, através da Diretoria de Agroenergia, participaram do evento representantes das secretarias da Indústria e Comércio, da Fazenda, do Incra, do MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário, da Embrapa e da empresa Granol.

O diretor de Agroenergia da Seagro, Luiz Eduardo Leal, explicou que o objetivo principal do polo é a melhoria da renda e combate a pobreza (social, ambiental e econômica) no campo, através da inclusão de agricultores familiares na Cadeia do Biodiesel. “A meta é que sejam inseridas 250 famílias de agricultores familiares produzindo oleaginosas. Criar condições estruturais (máquinas), financeiros (custeio) e tecnológicos (Assistência Técnica), viabilizar a obtenção do Selo Combustível Social pelas indústrias de biocombustíveis, como também o aproveitamento das áreas já desmatadas e de pastagens degradadas”, frisou.

Na reunião ficou acordado que serão criados dois Polos de Produção de Oleaginosas da Agricultura Familiar: em Santa Rosa do Tocantins, abrangendo os municípios de Santa Rosa, Silvanópolis, Porto Nacional, Palmas/Buritirana, Monte do Carmo, Brejinho, Ipueiras, Natividade e São Valério; e o Polo Paraíso do Tocantins abrangendo os municípios de Paraíso, Divinópolis, Abreulândia, Pium, Lagoa da Confusão, Pugmil, Nova Rosalândia, Fátima e Oliveira de Fátima. Também será realizado um diagnóstico dos municípios para repassar ao grupo e um encaminhamento à Embrapa solicitando pesquisa de oleaginosas para a região. A data da próxima reunião também ficou definida: dia 29 de maio, às 15h, no auditório da Secretaria da Indústria e Comércio.

O delegado do MDA no Tocantins, Agostinho de Oliveira Chaves, disse que o ministério tem interesse em trabalhar no projeto, viabilizando a parceria na produção de biodiesel da agricultura familiar, além de dialogar com os setores do agronegócio. “A prioridade é a agricultura familiar, por isso estamos dispostos a participar, seja como atividade principal ou secundária. Escolher uma região que viabilize o programa é o ponto principal para a criação do polo, o biodiesel de soja exige uma área de maior escala, mas alternativas existem, como o óleo de dendê e o pinhão”, ressaltou.

Grupos de trabalhos

Os grupos de trabalhos estimulam a organização da base produtiva da agricultura familiar com a formação de Polos de Produção em níveis microrregionais ou territoriais. Têm a participação de organizações sindicais e sociais da agricultura familiar, das indústrias de biodiesel, de organizações de assistência técnica, de bancos e de representantes dos poderes públicos. Em cada polo podem ser formados grupos que atuam diretamente no planejamento da produção de matéria-prima e das negociações entre os agricultores familiares e as empresas processadoras de biodiesel, de acordo com os parâmetros do selo Combustível social. (Ascom Seagro)