O secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos se manifestou sobre a revelação das escutas telefônicas da Operação Monte Carlo publicadas no site Congresso em Foco nesta quinta-feira, 17. Segundo as escutas o contraventor Carlos Cachoeira, interessado em fechar contratos com a Delta Construções no Tocantins, teria pago um jantar e ainda contratado uma garota de programa para Eduardo Siqueira em Goiânia no dia 19 de maio do ano passado.
“Primeiro, quero deixar bem claro que,nãoencontrando qualquer diálogo meu em todo o inquerito e nas transcrições, deploro não apenas a matéria que desprezou a minha declaraçãonegando as informações, quanto considero as mesmas maldosas e desrespeitosas, incompatíveis com o momento que vivi naquele maio de 2011,que desconsideram a minha dor e a tragédia vivida pela minha família”, disse o secretário.
Segundo Eduardo, não há gravação da qual ele seja um dos interlocutores para tratar de qualquer assunto com representantes do grupo investigado. “O fato de conhecer as pessoas mencionadas não permitiu que o grupo investigado encontrasse na administração estadual do Tocantins amparo para qualquer intenção, ou mesmo tentativa, de aqui fazerem prosperar os seus negócios”, informou.
O secretário conta que esteve em Goiânia no período citado pela reportagem pela primeira vez após a tragédia aérea naquela cidade que vitimou seu filho Gabriel Marques Siqueira Campos e outras cinco pessoas. “Por causa disso, deixo bem claro que o motivo dessa minha primeira ida a Goiânia após apenas três meses e 15 dias da tragédia familiar na qual passei, não me permite imaginar qualquer comportamento meu associado à situação perniciosacitadas no diálogo. Perdi meu filho, o que, por si só é lamentável e certamente mais crível do que qualquer conversa de terceiros. Com esses fatos eargumentos e com a verdade, não permitirei tratar assunto que não diz respeito a minha vida e que busca apenasatingir a minha honra e a minha dignidade“, salientou.
Tragédia pessoal
O secretário relatou ainda sobre a tragédia pessoal pela qual passou sua família no ano passado após acidente. “Omês de maio de 2011 teve o seguinte enredo: um triste Dia das Mães, tratamento de um câncer da minha esposa (descoberto 20 dias após a morte do Gabriel) e a tristeza por não comemorar o aniversário do Gabriel no dia 30, quando ele faria 11 anos. Ainda em maio, no dia 20, comemora-se o aniversário da nossa Capital, Palmas, momento que recebi de uma escola pública municipal a homenagem com a denominação Banda Marcial Gabriel Marques Siqueira Campos em um lindo desfile ao qual estive presente”, conta.
Eduardo diz ainda que não deixará de responder por seus atos nem permitirá ataques pessoais inaceitáveis. “Não deixarei de responder sobre os atos e ações que envolvem a minha atuaçãocom a administração, a minha história e a minha vida pública, assim como não enveradarei pelo caminho obscuro daqueles que não tendo outros argumentos, visam apenas o ataque pessoal, inaceitável e torpe”, conclui o secretário.