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Polí­tica

Foto: Koró Rocha / Dicom AL

Foto: Koró Rocha / Dicom AL

Durante a sessão da manhã desta quarta-feira, 23, a situação da saúde pública estadual e o cancelamento do contrato entre governo e Pró-Saúde voltaram a ser temas de debates na Assembleia Legislativa. A bancada de oposição bateu firme na decisão de terceirizar e posteriormente rescindir o contrato que transferiu a administração de 17 hospitais estaduais para a Organização Social.

Em seu pronunciamento, o deputado Stálin Bucar (PR), um dos parlamentares mais ácidos da Casa de Leis, acusou o governo de usar a contratação da Pró-Saúde como ponte para esquema de corrupção. “Por que desvalorizar o nosso profissional? É para esconder desvios e malandragem que o governador impõem à administração”, atacou.

Bucar, sempre em tom agressivo, o citou matéria publicada em O Jornal, na qual é questionado o valor de repasse mensal do governo à OS e, por sua vez, da Pró-Saúde para os hospitais. “Era transferido apenas R$ 4 mil mensais para os hospitais enquanto nós aprovamos um orçamento de R$ 1,5 bilhão para esta empresa. Onde foram parar os mais de R$ 100 milhões pela Pró-Saúde?”, questionou.

O deputado, que chegou a apresentar um pedido de instalação de CPI para investigar a situação da saúde no Tocantins, voltou a sugerir que o setor seja alvo de investigações. No entanto, Stálin demonstrou sua frustração com o atual posicionamento da AL. “Nós, da Assembleia, que deveríamos, não temos condições de fazer investigação por que a bancada de governo protege, blinda este governador para não sabermos onde este dinheiro foi aplicado”, acusou. Vale ressaltar que todos os pedidos de CPI do deputado do PR acabaram barrados após votação em plenário.

Já o deputado Wanderlei Barbosa (PSB), aproveitou seu tempo à frente do plenário para criticar a atual situação da saúde pública do Estado. O parlamentar, abordando um outro ponto de vista, acusou o governador Siqueira Campos (PSDB) de descaso com a população. “Quando você não cumpre seus compromissos com a saúde, aí você começa a matar e tem que ser punido”, disse. O deputado citou o compromisso de campanha do então candidato Siqueira Campos que, durante o processo eleitoral de 2010 que usou o médico em cada residência como plataforma.

Bancada de governo

O líder de governo, Osires Damaso (DEM), em breve pronunciamento à frente da AL, chegou a admitir que a contratação da Pró-Saúde foi um erro do governo do Estado. O deputado, no entanto, adotou um tom mais otimista e frisou que erros podem ser corrigidos. “Aquilo fo ium equívoco, mas não podemos crucificar o governador Siqueira Campos. As demandas da saúde do Estado aumentaram muito pelas deficiências na Bahia e no Mato Grosso que vem atender no Tocantins”, justificou.