Em discurso já como candidato oficial a prefeito de palmas pelo Partido Progressita, Carlos Amastha criticou o “patrulhamento” político no Tocantins e o predomínio de famílias no comando político regional. O empresário defendeu a união dos partidos presentes para um projeto de poder para durar 5 décadas em Palmas.
Para o candidato, que lembrou a vida no Sul do País, onde casou-se e também citou os 13 anos de residência no Tocantins, em Palmas não é permitido expressar a opinião. Ele fez referência ao posicionamento contrário à expansão do Plano Diretor de Palmas e suas críticas à gestão estadual. “Como é possível que em pleno regime democrático uma cidade seja criada sem que se permita expressar a opinião”, disse.
Amastha lembrou que seu posicionamento resultou numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar o Capim Dourado Shopping administrado por ele por meio do Grupo Skipton, “com tanta cachoeira por aí”, ironizou, em um dos momentos de risos e aplausos de seu discurso.
Noutra indireta ácida o candidato comentou a convenção do seu partido com o tema junino. “Os que aqui não estão não podem fazer uma convenção com o tema quadrilha, mas nós podemos”, disse. Dos demais pré-candidatos, apenas Edna Agnolin (PDT) e Marcelo Lelis (PV) não compareceram ao evento.
Amastha também criticou a “familiocracia” que impera no Tocantins, com o poder sendo repassado de pai para filho e ressaltou que este grupo de partidos pode fazer diferente, mas de modo a manter-se no comando de Palmas por meio século. “Viemos para fazer 50 anos no poder político em Palmas”, disse, ao ressaltar que não será para os filhos seguirem no comando, mas para que o grupo faça a diferença na gestão da cidade.
Amastha defendeu a união entre PMDB, PCdoB, PSB e PP para que o grupo possa implantar em Palmas uma administração que faça da cidade um lugar melhor para morar até do que Curitiba, cidade com a qual ele comparou a capital tocantinense. “Curitiba não havia diferença de outros municípios brasileiros e virou referência, Palmas tem possibilidade de fazer muito mais. Palmas será de primeiro mundo se eleger gestores capazes de fazer a diferença”, afirmou. “E é exatamente isso que nós vamos fazer quando ganharmos a eleição”, concluiu.