Defesa Civil em parceria com Unitins, Ibama, Naturatins, Semades, Ministério Público Estadual tendo como objetivos identificar as principais causas dos altos índices de queimadas no Tocantins e formar um banco de dados robusto, estão traçando um raio x mais verídico dos focos de incêndio no Estado. Todo esse trabalho está sendo executado dentro da sala de situação do Cimam - Centro Integrado Multigênicas de Coordenação Operacional do Estado do Tocantins, instalado com a função primordial de operacionalizar as ações de prevenção e controle das queimadas.
Para validação destes focos é levando em consideração o bioma e a climatologia de cada localidade, tudo isso somado ao cruzamento de informações de todas as instituições envolvidas mostrará o que é foco real, o que é queimada controlada e autorizada por órgãos competentes, o que é queima de lixão, entre outras. De posse desses dados, e com o número real, os órgãos envolvidos no combate ao fogo estarão ainda mais empenhados em encontrar soluções para atender as demandas da sociedade quanto ao problema enfrentado.
Segundo o coordenador adjunto da Defesa Civil Estadual, major Carlos Eduardo de Souza Farias, “Nestes moldes de detalhamento e validações dos focos de incêndio podemos considerar o trabalho inovador, e o diferencial é que além dos números, levantamos onde estão e como são os focos”, afirmou Farias.
Para o professor da Unitins, José Luiz Cabral, membro do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos, esse Estudo “é um grande passo que a Defesa Civil Estadual está dando em favor de solucionar os problemas dos focos de incêndios no Tocantins, pois o objetivo é identificar as causas e trata-las devidamente, queremos desmistificar o problema da queimada no Tocantins, saber se esta ligada a conscientização, ou as questões culturais”, finalizou o professor.
O representante do Naturatins vê o Estudo positivamente, pois os resultados contribuirão para um acompanhamento mais eficaz das queimadas autorizadas pelo seu órgão, se elas estão sendo realizadas corretamente de acordo com a orientação repassada. “Agora teremos números mais próximos da realidade por isso a validação é importantíssima”, ressaltou o engenheiro agrimensor do Naturatins, Carlos Sergio Gomes.
“Acreditamos que o trabalho contribuirá muito para a melhoria desse problema e esperamos reverter os prejuízos causados pelo fogo no Tocantins, pois todas as áreas perdem: ambiental, financeira e a saúde pública. Os focos interferem diretamente nas mudanças climáticas e na captação de recursos junto a instituições nacionais e internacionais”, considerou o coordenador de política Florestal da Semades, João Noleto.
Alertas
Outra novidade é que estudo do monitoramento permitirá a defesa civil emitir alertas das regiões mais secas e mais propícias ao fogo buscando assim fazer um trabalho de prevenção, monitoramento e combate ainda mais ágil e efetivo. (Ascom Corpo de Bombeiros)