De acordo com o convênio, a Embrapa fica responsável pelo desenvolvimento da pesquisa, monitoramento e acompanhamento. Já a Seagro disponibiliza a área no Projeto São João, além da manutenção da irrigação, disponibilizando água e energia para o estudo. Para Padua, a cultura do dendê é lucrativa e deve ser apoiada para o desenvolvimento econômico, social e ambiental dos tocantinenses. “O Governo do Estado é parceiro deste projeto com ações de políticas públicas, visando promover nova renda para os pequenos produtores rurais do Estado”, enfatizou.
A pesquisa do cultivo do dendê para extração do óleo de biodiesel iniciou há seis anos, numa área de um hectare, com 146 pés da árvore. A pesquisa deve encerrar em 2014. A intenção é que o projeto confirme o dendê como mais uma alternativa de produção, principalmente, para pequenos agricultores. “Nosso objetivo é mostrar a capacidade produtiva desta cultura aos produtores, assim como a viabilidade social e econômica, garantindo uma produção numa pequena área com rentabilidade. Além disso, pretendemos inserir a cultura no Polo de Produção de Biocombustível do Estado”, disse o diretor de Agroenergia, Luiz Leal.
De acordo com o pesquisador da Embrapa e responsável pelo projeto, Gustavo Campos, as primeiras avaliações são animadoras. “Neste primeiro momento, podemos dizer que é viável a cultura dessa palmácea no Tocantins, mas estamos ainda avaliando o dendezeiro. Podemos dizer que o dendê é altamente produtivo, sendo 10 vezes mais do que a soja e o girassol. Possui uma produtividade de 6 a 8 mil quilos de óleo por hectare/ano”, observou.
Campos disse, ainda que são várias as vantagens da cultura, entre elas, o ciclo de vida que é considerado perene, com uma duração de 25 anos, além de ter safra o ano todo, iniciando sua primeira colheita comercial no quinto ano de plantio. (Ascom Seagro)