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Campo

O plantio de seringueira é mais uma das estratégias econômicas para melhorar a vida de milhares de agricultores familiares, “por ser uma atividade rentável, permanente e de fácil manejo”, disse o secretário executivo da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Ruiter Pádua, nesta terça-feira, dia 25, durante reunião no Assentamento Cristal, localizado no município de Cristalândia, região Central do Estado. O encontro foi organizado pelo governo do Estado, por meio da Seagro, e faz parte do programa Polos de Produção de Seringueiras.

Pádua ressaltou ainda o potencial diversificado que a produção de seringueira oferece aos pequenos produtores. “A cultura garante também uma mão de obra barata, a comercialização do látex garantida e pequena área para exploração do seringal”, disse Ruiter, acrescentando que os produtores podem utilizar nos primeiros anos o mesmo espaço para plantio consorciado de grãos como milho, arroz e feijão.

O Superintendente de Assentamentos e Agricultura Familiar da Seagro, Marcelo Caldeira, explicou sobre as principais políticas públicas para o desenvolvimento da agricultura familiar. “Existem recursos para incentivar a produção agropecuária, para tanto vocês precisam se organizar para acessar as linhas de crédito do Pronaf – Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar, considerado uma referência para investimento no campo”, enfatizou Caldeira.

Caldeira enfatizou ainda que a ideia é criar alternativa de renda dentro de uma proposta sustentável nas diversas cadeias produtivas do agronegócio, como babaçu, apicultura, artesanato, hortaliça, produção de leite e agroindústrias de produção de polpas de frutas. “A agricultura familiar da atualidade é direcionada para produzir e melhorar as condições de vida das famílias”, acrescentou o superintendente.

Cultura rentável

O engenheiro agrônomo da Seagro, Carlos Gomes, ao fazer sua explanação do plantio do seringal, mostrou, em detalhes, as fases do plantio, preparo do terreno, tratos culturais, manejos e comercialização. “O látex é um produto não perecível. O produtor garante uma receita de R$ 700,00 todo mês, durante 10 meses do ano. Além disso, possui um espaço grande no mercado, atualmente o Brasil produz apenas 34% e importa 64% do consumo atual”, disse, acrescentando que o consumo mundial aumenta a cada dia.

Gomes explicou ainda sobre os cuidados para uma qualidade produtiva da seringueira, como por exemplo, o controle de pragas e fungos para alcançar alta produtividade. “É uma cultura rentável. Uma árvore produz em média de 7 a 8 quilos de látex por árvore/ano”, reforçou.

Produtores

Ao assistir as palestras o produtor do assentamento, Luiz Coelho Luz, mencionou sobre a vontade de investir neste segmento do agronegócio. “Eu já fiquei sabendo que essa cultura é lucrativa, mas estamos aqui para conhecer mais e quem sabe, sair daqui com uma nova visão de investimento”, manifestou.

Já o presidente interino da PA – Projeto de Assentamento Cristal, Manoel Messias de Lira, também acredita nessa oportunidade de negócio. “Essa é a nossa intenção, conhecer as propostas que tem para nos oferecer, e assim, posteriormente iremos buscar os meios, as possibilidades de iniciar esse plantio de seringal”, falou, completando que o assentamento tem 10 anos de existência e possui uma produção de subsistência. (Ascom Seagro)