Com 741 mil hectares de área plantada na última safra, o Tocantins tem balanço positivo na colheita de grãos, que chega a 10% a mais que a safra anterior. Os números confirmados pela Conab – Companhia Nacional de Abastecimento mostram a expectativa do produtor para a safra 2012/2013 graças aos fatores naturais como clima e água, à tecnologia empregada e a possibilidade de novos mercados consumidores.
Segundo o coordenador de produção vegetal da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, José Américo Vasconcelos, o crescimento da produção é certa. “Em função dos bons preços a safra 2011/2012 surtiu uma grande expectativa dos produtores, que já estimam um crescimento na área plantada em torno de 15% a 20%, isso porque eles já conseguiram fechar futuros negócios com preços significativos relacionados a safras inferiores”, afirmou.
A soja continua sendo o carro forte da produção de grãos e segundo o superintendente da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento no Tocantins, Vilmondes Macedo, correspondeu a cerca de 50% da colheita da última safra. “Na safra 2011/2012 tivemos pouco mais de 2,3 milhões toneladas de grãos produzidas no Estado e destes, 1,3 milhões foram de soja, seguida do milho, com 448 mil toneladas, e do arroz, com 443 mil toneladas”, explicou, acrescentando que os números de produção dos demais grãos, como o feijão, algodão, amendoim, girassol e mamona, foram basicamente para o autoconsumo dos produtores.
Ainda segundo Macedo, apesar da primeira pesquisa de acompanhamento da safra brasileira não definir o quanto, o crescimento da produção é evidente. “O Tocantins é um Estado abençoado por Deus, tem um clima favorável com duas estações bem definidas, água em abundância, muita terra, com um custo baixo de correção e o poder de investimento dos produtores em tecnologia que melhora a produtividade”, enfatizou.
A logística que o Estado está consolidando também foi destacada pelo superintendente. “O Estado tem tudo para arrebentar no setor de produção e exportação de grãos. A chegada da ferrovia, que escoará os produtos até o Porto de Itaqui, no Maranhão, a BR-153 e a hidrovia possibilitarão um grande mercado consumidor do que se produzir aqui e isso sem dúvida alguma já é a visão dos nossos produtores”, finalizou. (Secom)