Os representantes dos membros do PMDB que renunciaram aos cargos no diretório estadual da legenda foram recebidos no final da tarde desta quarta-feira, 7, em Brasília pelo presidente nacional da legenda, Valdir Raupp e ainda pelo vice-presidente Michel Temmer para discutir a insatisfação com o comando do partido no Estado, que até então tem à frente o deputado federal Júnior Coimbra. A renúncia teve intenção de destituir o diretório já que os membros querem a saída de Coimbra da presidência alegando que o peemedebista teria feito acordo político de composição com o governo estadual do PSDB.
Os ex-governadores Marcelo Miranda, Carlos Gaguim, a deputada estadual Josi Nunes e o ex-secretário Eudoro Pedroza participam da reunião. Mais de 50% dos membros renunciaram ao cargo e sendo assim, conforme o estatuto do partido, o diretório estaria automaticamente destituído. É o que afirma o ex-secretário estadual Antônio de Pádua Soares Marques, que foi um dos que renunciaram também.
“Com a renúncia de 50% dos membros o diretório está automaticamente dissolvido”, sustenta o membro citando o artigo 63 do estatuto. A renúncia, segundo Pádua, é um ato unilateral e irrevogável sendo assim o próximo passo deve ser a nomeação de uma comissão provisória do partido pela nacional. “A dissolução é irreversível”, frisa.
Pádua conta ainda que o procedimento para a destituição foi o mesmo no caso do ex-presidente regional da legenda e suplente de deputado federal, Osvaldo Reis que foi destituído da presidência em 2011 quando Coimbra assumiu.
Polêmica
Após a divulgação da articulação dos peemedebistas insatisfeitos em Brasília, o presidente Júnior Coimbra negou que tivesse feito acordo com o atual governo estadual para que o partido componha na base de situação. Outra reação foi do deputado estadual Iderval Silva que criticou a atitude dos membros e questionou principalmente a postura do até então vice-presidente da legenda, ex-governador Marcelo Miranda.