A safra de grãos 2012/2013 no Tocantins será novamente de número recorde, com previsão de mais de 2,6 milhões de toneladas, com destaque para a soja, que representará mais de 50% da produção, com 1.652 mil/ton. As projeções são do 3º Levantamento de Avaliação da Safra 2012/2013 da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento. A estimativa da produção para esta safra é de 2.672,31 mil toneladas, um acréscimo de 12,2%, se comparada à safra 2011/2012. Para a área a ser cultivada, indica crescimento de 7,8%, 823 mil hectares, contra 741,01 mil cultivadas na safra anterior.
Neste levantamento foram contempladas as culturas de soja, algodão, amendoim, arroz, feijão e milho (primeira safra), as quais estão em fase de plantio. Das culturas avaliadas, somente o arroz e a soja apresentam estimativa de crescimento de área de 2,4% e 19,9%, respectivamente, se comparadas à safra anterior. A área de soja passará de 451,16 mil ha, semeada na safra anterior, para uma estimativa de 540,92 mil hectares nesta safra, constituindo-se na maior área cultivada com a oleaginosa. O arroz altera de 119,89 mil ha, plantados na safra 2011/2012, para uma quantidade estimada de 122,83 mil hectares, nesta safra.
Para o secretário executivo da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Ruiter Pádua, três fatores contribuíram para o aumento da soja no Tocantins: preço das commodities, chegada de novos produtores ao Estado e a confiança do agricultor no Governo do Estado. “A logística foi o grande atrativo para a vinda dos novos investidores do agronegócio, tanto para a aquisição de insumos como para o escoamento da produção. Condições favoráveis de solo e clima, infraestrutura em estradas, a disponibilidade de energia elétrica, e claro, o preço da terra, que é bem mais atrativo em relação a outras regiões produtoras do País, também influenciam a vinda desses produtores”, completa Pádua.
Na produção estima-se um crescimento de 11,9% para o arroz e 21,1% para soja, se comparada à safra 2011/2012. A exceção do sorgo que permanece estável, as demais culturas levantadas apresentaram redução no volume a ser produzido nesta safra em relação à anterior. De acordo com o levantamento da Conab, em todas as regiões visitadas, a situação encontrada foi de chuva abaixo do esperado nos meses de outubro e na segunda quinzena de novembro, provocando atraso no início do plantio das culturas semeadas em terras altas, exceção para a cultura do arroz irrigado, cultivado nas regiões Sul e Sudoeste do Estado.
Tecnologia
Segundo o coordenador de Desenvolvimento Vegetal da Seagro, José Américo Vasconcelos, o preço da soja impulsionou o aumento de área nesta safra, não só no Tocantins, mas em todos os estados produtores de grãos do Brasil, muitas substituindo áreas antes destinadas ao milho e ao arroz. “É necessário ressaltar que no Tocantins está em um processo diferente, as áreas de pastagens degradadas foram responsáveis pela maior parte das terras disponíveis para semeadura de novos plantios. Considero essa tendência como resultado das ações de governo e, principalmente do Plano ABC – Agricultura de Baixo Carbono”, pontua.
Vasconcelos ressalta ainda que a produção de grãos cresce a cada safra, não só com a abertura de novas áreas ou a utilização de áreas em processo de degradação, mas porque a tecnologia passou a fazer parte da realidade do agricultor tocantinense. “Prova disso é que o levantamento mostra o crescimento pequeno na área de cultivo do arroz (2,4%) e na produção o crescimento relevante de 11,9%, graças à inserção de tecnologias, que garante aumento da produtividade, sem aumento de área, ou seja, produção com crescimento sustentável em todas as culturas”, frisa o coordenador.
Brasil
A produção brasileira de grãos para o período 2012/2013 deverá ser de 180,2 milhões de toneladas, conforme estimativa divulgada pela Conab. O volume representa um aumento de 8,4%, ou 14 milhões de toneladas a mais do que a safra passada, que foi de 166,17 milhões.
O destaque se mantém para a soja. O produto teve um aumento de 16,24 milhões de toneladas em comparação com o período passado. Os técnicos da estatal estiveram em campo entre os dias 19 e 23 de novembro, nas principais regiões produtoras, para fazer o levantamento dos dados. Uma vez que o plantio está em fase final, a Conab passará a acompanhar o comportamento climático que poderá alterar as produtividades estimadas. (Da redação com informações Ascom Seagro)