A secretária municipal de Educação de Palmas, Berenice Barbosa, disse que uma comissão multifuncional de servidores da pasta está encarregada de levantar dados e informações sobre a demanda para implantação do projeto das creches noturnas em Palmas. “Uma comissão de servidores está analisando para ver a viabilidade”, frisou.
Segundo Berenice alguns contatos foram feitos em Curitiba onde o projeto funciona com êxito. “Já sabemos que não pode ser em caráter educativo e pode funcionar pelo Desenvolvimento Social”, disse. A pasta da Educação não sabe informar também qual a demanda e quantas mães precisariam das creches.
Em entrevista ao Conexão Tocantins o secretário estadual de Educação que também já comandou a área no município de Palmas, Danilo de Melo Souza analisou que a proposta das creches depende de vários fatores como por exemplo a infraestrutura das escolas. “Nenhuma escola tem infraestrutura para isso”, disse. “O custo é alto e qualidade pode ficar aquém do que se quer”, reafirmou.
Para o secretário, em vários locais o que existe é a implantação de brinquedotecas nas faculdades e escolas de ensino médio. “A creche em todo mundo é uma política de educação que está vinculada ao trabalho do pai e da mãe. A creche noturna está vinculada a ideia da mãe que estuda mas não existe enquanto projeto pedagógico e sim a brinquedoteca”, disse. Na opinião de Danilo, a brinquedoteca é um projeto menos oneroso do que as creches noturnas. Em Porto Nacional e inclusive em algumas escolas de Palmas, segundo Danilo, existe o projeto das brinquedotecas.
Danilo diz que como especialista e estudioso da área da Educação torce para que, com os estudos e consultando também estudiosos da área pedagógica da educação infantil o projeto possa dar certo. “Foi uma proposta de campanha de repente o prefeito pode fazer um bom projeto mas pode não dar certo”, comentou.
Além das brinquedotecas o secretário sugeriu que fosse estudado, por exemplo, a implantação de uma bolsa ou algum benefício financeiro para auxiliar as mães que precisam estudar a pagar alguém que possa ficar com a criança. Ele citou que na Finlândia, por exemplo, não há creches e sim auxílio natalidade.
O secretário apontou ainda que há um déficit crescente no número de vagas das creches diurnas. “Esse não é o principal problema da educação de Palmas e sim a creche diurna”, disse.