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Esportes

Foto: Marcus Mesquita / Ascom Seduc

Foto: Marcus Mesquita / Ascom Seduc

Depois de surgir nos Jogos Estudantis do Tocantins (Jets), conquistando a primeira colocação na prova dos 100 metros rasos do Atletismo em 2012, e sagrar-se o terceiro aluno-atleta mais veloz do Brasil na categoria 15 a 17 anos durante as Olimpíadas Escolares de Cuiabá, no mesmo ano, Weider dos Santos internacionalizou os próprios feitos ao conquistar duas medalhas de prata no Festival Olímpico da Juventude da Austrália, de onde voltou na madrugada desta terça-feira, 22. A primeira vice-colocação veio no revezamento 4 x 100 metros, seguida pelo revezamento medley, sendo que o velocista tocantinense foi o escolhido pela delegação brasileira para iniciar ambas as provas.

Recepcionado no aeroporto de Palmas por familiares e amigos, Weider ressaltou a alegria pelas conquistas, contando, ainda, que a experiência que viveu no exterior transformou, positivamente, a vida dele. “Eu fui para a Austrália com o objetivo de baixar o meu tempo, que era de 11 segundos e 22 centésimos. Na prova individual, eu fiquei a um centésimo do terceiro colocado e logo consegui o que desejava, porque marquei 11 segundos e 11 centésimos. Depois da prova eu fiquei muito feliz e isto me deu ainda mais vontade de conseguir uma medalha nas provas seguintes”.

Os resultados apareceram depois de muitos treinamentos, onde são permitidos erros. “Apesar da minha insegurança, pois nos treinos eu errei no momento da passagem do bastão nos revezamentos, eu fiz uma excelente prova e ajudei a equipe a conquistar duas pratas. Tudo foi maravilhoso e eu tenho certeza que não sou mais o mesmo que tinha saído daqui”, completou. 

Medalhas que abriram portas

Se nas Olimpíadas Escolares da capital mato-grossense Weider já foi alvo de olheiros, na Austrália ele confirmou o potencial e chamou a atenção dos treinadores da delegação brasileira, que segundo o próprio corredor, elogiaram muito o rendimento do aluno-atleta na conquista das medalhas, abrindo uma porta para o profissionalismo no esporte. “Melhor ainda foi receber o convite do professor Gilberto Miranda, responsável pelos velocistas na delegação. Ele disse que me quer em Londrina (Paraná) com a equipe dele, para eu treinar com os atletas dele. Se tudo der certo, daqui a alguns meses eu vou para lá e terei outros velocistas com quem eu possa treinar junto”, afirmou Weider que no Tocantins não tinha uma pista adequada e nem o equipamento necessário para treiar.

Atual treinador do Weider, Francisco Balbé apontou alguns dos diferenciais do pupilo que o faz se destacar entre os demais da idade dele. “A disciplina e a vontade de vencer são duas das principais características dele, sem contar o foco, que é impressionante, pois ele não se deixa perder durante uma competição, mantendo a concentração no que tem que fazer e em mais nada, o que é raro até mesmo no esporte profissional. O Weider também tem uma capacidade física impressionante, e o mais incrível é que, pelo plano de treino que traçamos, 2013 é que será o ano dele. Tudo o que ele conquistou até agora foi por esforço e talento dele, que só em 2012 conseguiu baixar 30 centésimos, o que é excelente, já que, em média, um atleta baixa cerca de 20 em um ano de treinamento. Certamente, devido ao potencial que ele tem e o respeito dele ao que é passado nos treinos, ele vai melhorar muito daqui para frente”, apostou Balbé. (Ascom Seduc)