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Cultura

Várias crônicas e histórias, escritas de forma leve e sem compromisso, tornaram-se um livro que a estudante de Comunicação Social e ex-mediadora de leitura do Sesc, Fernanda Alencar, vai lançar a obra Srta*Fê neste sábado, dia 2 de fevereiro, às 20h, no Centro de Atividades de Palmas. 

O livro já foi lançado e vendido em Araguaina no início do ano. “Pensei que não iria aparecer muita gente, mas, para a minha surpresa, vendi 40 livros. A livraria ficou lotada. Foi muito significativo e prazeroso pra mim”, conta a jovem escritora.  

Em curta entrevista, Fernanda conta o assunto do livro, a inspiração para escrever e a expectativa para o lançamento. Confira: 

Qual o assunto do livro Srta*Fê?

Bem, o livro, na verdade, são várias “mini histórias” e crônicas. Não é uma história só. Alguns mini contos e crônicas dão uma página, mas, acredito que todos tem uma pitadinha de reflexão rápida e prazerosa sobre a vida, infância, rotina e seus conceitos sobre quando estamos crescendo e aprendendo as coisas. 

Selecionei alguns textos (de muitos que tenho) para este livro específico. De certa forma, foram escolhidos os mais antigos do meu blog (http://senhoritafe.blogspot.com.br), que já não tem mais acesso e que impressionam até a Fernanda que me tornei hoje (risos).  

Eles foram selecionados de um blog que abri no ócio da adolescência, pra preservar minhas lembranças e inspirações momentâneas, para não esquecer com o tempo. Digamos que eu gosto de deixar pistas para mim mesma de quem eu era, para quem eu esteja sendo e pretendo ser. Escrever foi o caminho que encontrei nessa minha busca existencial.  

Sempre tive uma memória muito boa, então, em pleno "boom" da internet, abandonei meus diários e rascunhos a lápis e percebi que deveria escrevê-las ou transformá-las em algum lugar que se mantivessem "eternas" e seguras, então abri o blog nessa época, para essa função... 

E qual foi a inspiração para começar a escrever? 

Na verdade eu sempre escrevi. Tenho um diário de 1999 que rende boas risadas entre a família, e isso eu tinha oito anos de idade pelas contas. Eu desabafava mesmo. Mesmo com muitos erros de português, é uma graça. 

Fiz muitas historinhas durante a infância também. Com papel A4 e um grampeador, criava milhares de livrinhos a tarde inteira debaixo de um “pé de manga”. Eu era boa de desenhos também aquela época. Hoje estou meio enferrujada. A capa do livro "Srta*Fê" é de minha autoria.  

Me lembro que quando me reunia com outras crianças gostava de conversar, criar e contar as coisas de um jeito mais ousado, poético e criativo. Eu logo percebi que as pessoas gostavam também de bons contadores de histórias. Quantas vezes eu escutei: "Ah não, a Nanda que é boa pra contar, conta aí!". Então, acho que essa receptividade também foi me moldando a querer ser melhor no que eu facilmente gostava de fazer e ser. 

Quanto tempo levou para você concluir o livro? 

Bom, o livro não foi algo que eu sentei na cadeira e disse: "vou fazer um livro", foi um processo. O edital (Prêmio Maximiano Da Mata Teixeira 2011) surgiu, meu pai comentou sobre o assunto e, daí, comecei a discutir com ele e com as pessoas mais próximas sobre a possibilidade de reunir alguns escritos para finalmente ousar e publicar meu primeiro (de muitos! Eu espero...) livro.  

O lançamento em Araguaína foi um sucesso. Qual a expectativa para o lançamento em Palmas?

Estou um pouco nervosa para o de Palmas. A responsabilidade para o segundo lançamento em uma capital parece ser maior. Também confesso que estou encantadíssima com o apoio do Sesc. Espero que reúna muitos colegas, curiosos, fãs e que incentive muita gente também.