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Estado

O Mapa da Violência contra a Mulher  mostra que Araguaina é a cidade do Estado onde mais mulheres foram assassinadas. Os dados são da última década. Para um grupo de 100 mil mulheres, 7,8 foram assassinadas. A terceira maior cidade do Estado, Gurupi, fica em segundo lugar no ranking e registrou 5,2 homicídios para o mesmo grupo. A capital Palmas ficou em terceiro lugar com 1,7 assassinatos para cada 100 mil mulheres.

Os dados são do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) – ambos do Ministério da Saúde.

No Estado, as maiores taxas de crescimento na década podem ser observadas em municípios de pequeno porte: Barrolância, com 5,3 mil habitantes em 2010, Palmeirante, 5,0 mil, Jaú do  Tocantins, 3,5 mil e Porto Nacional, de maior tamanho, com 49,1 mil habitantes. Todas com  taxas acima de 50 homicídios em 100 mil habitantes.

O número de mulheres assassinadas no Brasil deu um salto nos últimos 30 anos. De acordo com uma pesquisa coordenada pelo sociólogo Júlio Jacobo, intitulada de Mapa da Violência de 2012, uma mulher é agredida no Brasil a cada 5 minutos. De 1980 a 2010, houve no país cerca de 90 mil homicídios femininos, quase metade deles só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, o que representa um aumento de 230%.

Entre 87 países, o Brasil é o 7º onde mais mulheres morrem vítimas da violência. São 4,4 assassinatos em cada grupo de 100 mil mulheres. O estado mais violento do país é o Espírito Santo, com 9,4 homicídios por 100 mil. O Piauí, por sua vez, é o estado onde há menos homicídios femininos, com 2,6 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres.

Segundo a pesquisa, em quase 70% dos casos, quem espanca ou mata a mulher é o namorado, marido ou ex-marido. Em cerca de metade das ocorrências, o meio utilizado no homicídio feminino foi a arma de fogo (49,2%), seguido de objeto cortante ou penetrante (25,8%), objeto contundente (8,5%) e estrangulamento e sufocação (5,7%). Os outros meios correspondem a pouco mais de 1/10 das ocorrências (10,8%).

No histórico dos 30 anos analisados pela pesquisa o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde registrou 1,1 milhões de vítimas de homicídio. Para ter uma idéia do  que esse número representa, podemos indicar que só um pequeno número de cidades brasileiras, 13, para sermos exatos, alcançou esse número de habitantes no censo de 2010. Por essas mesmas  estatísticas de mortalidade, ocorreram, no ano de 2010, 50 mil assassinatos no país, com um ritmo  de 137 homicídios diários, número bem superior ao de um massacre do Carandiru por dia.