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Palmas

Após o falecimentodo vendedor de água que coco, Antônio Alves dos Santos, que, segundo informações divulgadas teria cometido suicídio após ter seu equipamento apreendido por fiscais da Prefeitura de Palmas, a Secretaria de Comunicação fez averiguação do fato e informou através de nota que não há nenhuma referência do fato com o Paço. “A Prefeitura de Palmas reitera que lamenta o ocorrido, se solidariza com a família e se coloca à disposição. No entanto, é importante esclarecer os fatos”, diz na nota.

O primeiro ponto a ser esclarecido é que não houve nenhuma fiscalização ou registro de apreensão de carrinho de água de coco por parte da equipe da prefeitura.  Além disso outros ambulantes confirmaram tal informação. “Dona Débora Souto, que vende lanche no local há cinco anos, nos disse que não houve qualquer fiscalização e que o carrinho do senhor Antônio foi retirado do local, após seu falecimento, por parentes do ambulante. Também através dela chegamos aos familiares de seu Antônio”, explica a nota.

O filho do vendedor, Fábio dos Santos, disse que ficou chocado com abordagem feita por alguns veículos de imprensa  e contou que ele mesmo retirou o carrinho da garagem do Fórum, onde seu Antônio costumava guardar. Fábio disse também, segundo a prefeitura, que desconhece a afirmação de que seu pai teria sofrido um Acidente Vascular Cerebral – AVC. Segundo ele, seu pai sempre teve problemas de locomoção, pois, sofria de uma doença que atacava os nervos, causando-lhe constantes tremedeiras e dificultando sua locomoção. 

Após o esclarecimento dos fatos a prefeitura novamente lamentou a morte do ambulante.

Veja a íntegra da nota da prefeitura:

Nota à imprensa

Em função de matéria veiculada na imprensa sobre o falecimento do vendedor de água que coco, Antônio Alves dos Santos, que teria cometido suicídio após ter seu equipamento apreendido por fiscais da Prefeitura de Palmas, a equipe de reportagem da Secretaria Municipal de Comunicação foi in loco, conversou com familiares e amigos e constatou que não há qualquer referência do fato com a Prefeitura.

Fato que já havíamos informado para imprensa por meio de nota, ocasião em que afirmamos não haver registro de apreensão de qualquer carrinho de água de coco, nem por parte da Fiscalização Urbana, nem pela Vigilância Sanitária. Além disso, ambas as equipes, realizaram seus trabalhos apenas nas avenidas JK e Tocantins, não tendo feito qualquer ação próxima ao Fórum de Palmas, onde o senhor Antônio atuava.

A Prefeitura de Palmas reitera que lamenta o ocorrido, se solidariza com a família e se coloca à disposição. No entanto, é importante esclarecer os fatos.

Diante do que foi noticiado, e para assegurar a licitude da atuação das equipes de Fiscalização, entramos em contato com os ambulantes que atuam próximo ao Fórum de Palmas para saber se houve alguma fiscalização por pessoas se passando por fiscais da Prefeitura. Dona Débora Souto, que vende lanche no local há cinco anos, nos disse que não houve qualquer fiscalização e que o carrinho do senhor Antônio foi retirado do local, após seu falecimento, por parentes do ambulante. Também através dela chegamos aos familiares de seu Antônio.

O filho do vendedor, Fábio dos Santos, disse que ficou chocado com abordagem feita pela imprensa e nos contou que ele mesmo retirou o carrinho da garagem do Fórum, onde seu Antônio costumava guardar. “A base do carrinho está na casa minha irmã e a parte de cima está na casa da minha tia”, disse referindo-se a dona Tereza Alves também ouvida por nossa reportagem, nos mostrando, inclusive, essa parte que se encontra em sua área de serviço.

Fábio disse também que desconhece a afirmação de que seu pai teria sofrido um Acidente Vascular Cerebral – AVC. Segundo ele, seu pai sempre teve problemas de locomoção, pois, sofria de uma doença que atacava os nervos, causando-lhe constantes tremedeiras e dificultando sua locomoção.  “Eu não sei dizer por que meu pai fez isso, mas tenho certeza de que essa história está errada. Eu mesmo peguei esse carrinho no Fórum e levei pra casa da minha irmã. Meu pai era muito fechado, não era de se abrir e não aceitava ajuda de ninguém”, lamenta.

A vendedora ambulante, Débora Souto, relatou que ultimamente ele reclamava da queda nas vendas e dificuldades financeiras. Segundo ela, no início de março, o aposentado passou cerca de oito dias sem ir para o Fórum. “Quando apareceu, ele me disse que no outro dia ia trazer uma mulher que ia comprar o carrinho dele, pois, já que ele não estava mais tendo retorno iria vender o carrinho. Depois disso ficamos sabendo do acontecido”, lembra.

Conversamos ainda com a filha de Seu Antônio, cujo nome não divulgaremos, para não expor ainda mais uma família que já se encontra bastante fragilizada e triste. Ela contou por telefone que dois dias antes seu pai cometer suicídio, ele foi a sua casa, jantou com ela e chegou a dizer que havia sido proibido de vender água de coco no local. Para ela, essa proibição seria o motivo de seu suicídio.

No entanto, conforme averiguamos, não houve apreensão por parte de fiscais da Prefeitura e muitos menos proibição por parte do Fórum.

A Prefeitura de Palmas mais uma vez lamenta o ocorrido e reforça a necessidade de esclarecimento dos fatos.

Prefeitura de Palmas