O presidente da Associação dos Oficiais Policiais e
Bombeiros Militares do Estado do Tocantins, Tenente Coronel da PM, Antonio Corsini de Mello Neto, encaminhou nota
onde relata um suposto caso de agressão envolvendo uma agente de polícia civil e um policial militar.
Segundo alega o presidente da Associação na madrugada desta sexta-feira, 10, em Gurupi numa loja de conveniência um servidor da secretaria de Segurança Pública teria se desentendido com uma pessoa e efetuado disparos com arma de fogo no local. Em seguida a Polícia Militar chegou ao local e, segundo o presidente, o autor se identificou como Agente de Polícia Civil. Após decisão dos policiais que atenderam a ocorrência de levar o agente para a delegacia ele teria agredido o policial com chutes e pontapés inclusive causando lesões corporais, segundo as alegações do presidente da associação. O policial fez um laudo de lesão corporal.
“Como Presidente da Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Tocantins, não podia deixar de repudiar esta ação cometida por um Agente de Polícia Civil que estando completamente embriagado, pego em flagrante delito por disparo de arma de fogo em vias públicas na tentativa de alvejar seu desafeto e ao ser conduzido ao seu local de trabalho em comum acordo com os Policiais Militares, viesse a agredir sem motivo um Aspirante PM, ou que fosse qualquer outra pessoa”, alega o presidente.
Ao elogiar a atuação do militar que teria sido agredido na abordagem, Mello considerou porém que a suposta atitude de agressão do agente de polícia civil foi um fato isolado. “Pois conheço vários Policiais Civis, Agentes Penitenciários, escrivães, Delegados e tantos outros profissionais da área de Segurança Pública e sei como eles lidam com seus pares, bem como os demais componentes de outros órgãos e a comunidade civil e que não compactuam com esse tipo de conduta”, argumentou.
Veja a íntegra da nota:
NOTA INFORMATIVA
Hoje por volta das 04h00min (quatro horas) da manhã em uma loja de conveniência nas proximidades do Posto Tio Patinhas na cidade de Gurupi – TO, o Senhor Murilo Melo de Oliveira, Funcionário Público Estadual, lotado na Secretaria de Segurança Pública, fazendo uso de bebida alcoólica se desentendeu com uma pessoa que até o momento não foi identificada, onde efetuou quatro disparos de arma de fogo e felizmente não teve êxito em seu objetivo.Dado a gravidade dos fatos a Polícia Militar foi acionada e ao chegar no local, identificou o autor dos disparos que se apresentou como sendo um Agente de Polícia Civil.
Após ser identificado e interrogado pelos militares sobre o que aconteceu o autor dos disparos foi convidado a se deslocar até à Delegacia para ser apresentado ao Delegado de Plantão.
Após alguns questionamentos feitos pelo Policial Civil, o Comandante do Policiamento Urbano daquela cidade em consideração ao se tratar de um Policial Civil, combinou com o mesmo autorizando-o a se deslocar para a Delegacia em seu próprio veículo.
Ocorre que o Agente julgando estar protegido dentro de seu local de serviço, sem motivo algum passou a agredir fisicamente o Aspirante Marcos com chutes e pontapés, causando com isso lesões no Militar.
Como Presidente da Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Tocantins, não podia deixar de repudiar esta ação cometida por um Agente de Polícia Civil que estando completamente embriagado, pego em flagrante delito por disparo de arma de fogo em vias públicas na tentativa de alvejar seu desafeto e ao ser conduzido ao seu local de trabalho em comum acordo com os Policiais Militares, viesse a agredir sem motivo um Aspirante PM, ou que fosse qualquer outra pessoa.
Tenho plena consciência que isto é um fato isolado praticado por esse cidadão, pois conheço vários Policiais Civis, Agentes Penitenciários, escrivães, Delegados e tantos outros profissionais da área de Segurança Pública e sei como eles lidam com seus pares, bem como os demais componentes de outros órgãos e a comunidade civil e que não compactuam com esse tipo de conduta.
Espero que essa ação praticada pelo Agente Murilo não se repita, que ele possa refletir de seu erro, como também servir de um mau exemplo a ser seguido.
Ao Aspirante Marcos, deixo minhas palavras no sentido de que apoiamos a sua atitude ao conduzir esta ocorrência, sabedor de sua inteligência e da capacidade para gerenciar qualquer crise, informando ainda que estaremos ao seu lado, como de qualquer outro militar que exercendo sua obrigação dentro dos preceitos legais venha sofrer qualquer tipo de violência.
Respeitosamente,
Antonio Corsini de Mello Neto – TC QOPM
Presidente da AFOPMETO