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Palmas

Foto: Márcio Di Pietro Local da primeira missa celebrada em Palmas, durante lançamento da Pedra Fundamental Local da primeira missa celebrada em Palmas, durante lançamento da Pedra Fundamental
  • Para o historiador Junio Batista, a construção de Palmas teve a preocupação de registrar uma identidade para a Capital
  • Gráficos do IBGE mostram o crescimento populacional de Palmas
  • Inauguração do Paço Municipal de Palmas que, esse ano, passou a ser sede de secretarias municipais
  • Governador Siqueira Campos sobrevoando a área onde seria construida a capital

Nesta segunda-feira, 20 de maio, Palmas completa 24 anos e mostra que conseguiu contribuir com o desenvolvimento do Estado. Após sua criação e construção, a Capital carrega consigo não apenas as oportunidades que atraíram uma população de pouco mais de 220 mil habitantes, mas também resgata em sua história a luta pela criação do Estado do Tocantins.

De acordo com o historiador Junio Batista, a ideia de construir uma cidade nova surgiu desde que foi consolidada a criação do Tocantins, através da Constituição de 1988. “O Governo da época, liderado pelo atual governador Siqueira Campos, queria garantir que a nova capital contribuísse com o desenvolvimento da região que ficava distante da BR-153”, explicou. “Siqueira Campos desafiou uma sociedade e se mostrou um visionário ligado às suas raízes. Ele teve a preocupação em criar uma identidade para a cidade que teve sua pedra fundamental lançada em 20 de maio de 1989, data que relembrava o dia em que o juiz portuense Feliciano Machado Braga, em 1956, lançou o manifesto pela criação do Tocantins”, acrescentou o historiador.  

Desafios

Para Batista, o Governo do Estado enfrentou desafios para concretizar a implantação de Palmas.  O primeiro foi a criação da estrutura política. “Não se poderia deixar uma Capital sem prefeito, nem poderia realizar uma eleição fora de época, então por meio de uma grande estratégia política, o atual distrito de Palmas, Taquaruçu, à época recém-emancipado, abriu mão de ser município para ceder a sua estrutura política para Palmas”, disse.

O segundo desafio, ainda de acordo com o historiador, foi a resistência dos tocantinenses à criação da nova Capital. “Muitos políticos de oposição disseminaram a informação de que o Governo do Estado estava investindo apenas em Palmas e esquecendo o interior, mas com o tempo essa informação viral caiu por terra, pois as pessoas começaram a perceber os investimentos em suas cidades e, consequentemente, passaram a ter orgulho da capital desenhada”, esclareceu. 

Aposta na cidade

A cidade atraiu pessoas de várias partes do País e do mundo, que vieram atrás das oportunidades oferecidas na nova capital brasileira.  Esse é o caso do italiano Giuseppe Olivieri, morador de Palmas desde 2002. “A empresa em que trabalhava veio realizar alguns empreendimentos aqui e eu vim e fui ficando. Foi aqui que formei minha família”, disse ele.  “Quando cheguei Palmas era uma cidade ainda discreta e hoje, ganhou ar de metrópole”, afirmou.  

Os palmenses

A primeira contagem de Censo realizada em Palmas mostra quem em 1.991, apenas dois anos após o lançamento da Pedra Fundamental da cidade, a Capital ainda em construção tinha 24,3 mil moradores. Desde então a contagem populacional não parou de crescer. Conforme o último Censo, o de 2010, Palmas tem 228 mil habitantes. As estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais recentes, referentes ao ano passado, já apontam uma população que ultrapassa de 242 mil pessoas.