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Polí­cia

Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 6/6, a Operação Piratas do Asfalto. A ação policial acontece em 7 estados e deve cumprir 35 mandados de prisão (30 preventivas e 5 temporárias), além de 40 mandados de busca e apreensão, contra uma quadrilha especializada em roubos a cargas nas estradas brasileira. Ao todo cerca de 200 policiais estão nas ruas cumprindo as medidas judiciais de prisão e busca e apreensão. Já foram efetuadas 21 prisões preventivas e 1 provisória durante a manhã desta quinta-feira.

As investigações que levaram à identificação da organização criminosa começaram em fevereiro de 2012, em Tocantins, e permitiram às equipes de policiais identificar a rotina da quadrilha, que atuava na Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Tocantins e São Paulo. Estima-se que a quadrilha tenha, durante o período investigado, causado um prejuízo estimado de R$ 50 milhões.

Além de atuarem de forma bastante violenta, abordando os caminhões ainda em movimento, realizando “emboscadas” e sequestrando os motoristas, os criminosos também contavam com a cumplicidade de alguns caminhoneiros.

Monitorando os criminosos, os policiais federais acompanharam situações em que os motoristas responsáveis pelas cargas integravam a quadrilha, desviando produtos para, posteriormente, registrarem ocorrências policiais. Especializados no roubo de cargas, os criminosos usavam potentes bloqueadores de celulares - os chamados jammers - para evitar o rastreamento dos caminhões e da carga roubada.

A Polícia Federal investiga ainda a possível participação de funcionários das empresas de monitoramento e segurança eletrônica no esquema criminoso. Durante todo o trabalho investigativo, a PF monitorou 17 casos de roubo/furto de cargas, em algumas situações as cargas estavam avaliadas em mais de R$ 1 milhão.

Os integrantes não faziam distinção da carga, roubando desde gêneros alimentícios, eletrônicos a materiais de construção. Somente em máquinas agrícolas a PF já recuperou um total aproximado de R$ 3,6 milhões. Neste período, os policiais também realizaram 12 prisões em flagrante, alguns destes já estão em liberdade e voltaram a ser presos por força de mandados de prisão cautelares.

Os envolvidos são investigados pela prática dos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado, roubo, receptação qualificada e falsa comunicação de crime, entre outros . O nome da Operação faz referência à maneira como a quadrilha atuava, que faz lembrar a ação de piratas.