A senadora Kátia Abreu (PSD) inaugurou nesta última quarta-feira, 19, em
Bruxelas, o escritório de representação da Confederação Nacional da Agricultura
e Pecuária do Brasil (CNA) junto à União Europeia, seguindo a determinação da
entidade de reforçar a política de defesa dos interesses comerciais do setor
agropecuário brasileiro em mercados estratégicos. O principal objetivo desta
representação é participar mais ativamente do debate sobre os entraves ao
comércio bilateral, desenvolvendo ações conjuntas e paralelas às realizadas
pelo governo brasileiro. Tudo isto, com vistas à construção de um possível
acordo de livre comércio com o bloco que já é um dos principais parceiros do
comércio exterior agrícola brasileiro.
“A conclusão de um acordo de livre comércio com a União Europeia,
imprescindível para o agronegócio brasileiro, proporcionará um mecanismo
bilateral de facilitação de comércio e cooperação, que vai criar diálogos ainda
mais próximos entre o Brasil e a Europa”, afirmou a presidente da CNA, senadora
Katia Abreu, que liderou a comitiva brasileira a Bruxelas.
As barreiras impostas pela União Europeia dificultam as exportações
brasileiras, encarecem determinados produtos e praticamente inviabilizam a
entrada no bloco de diversos alimentos do País. Para contorná-las, a CNA
pretende levar mais informações e dados que mostrem aos europeus a qualidade
dos produtos brasileiros.
Kátia Abreu destacou a simplificação, pela União Europeia, de regras
relacionadas a questões sanitárias e fitossanitárias como “um passo importante”
a ser dado. “Essa medida vai reduzir a burocracia e aumentar a transparência
nas compras europeias dos nossos alimentos. Mas ainda há muito por fazer para
consolidar nossas relações bilaterais”, completou a presidente da CNA.
A senadora Kátia Abreu não tem dúvidas de que o consumidor europeu encontrará,
no produto brasileiro, responsabilidade social, sustentabilidade, melhores
preços e, certamente, muito sabor. O europeu é um dos grandes beneficiados pelo
avanço brasileiro na produção de alimentos, pois nossos produtos contribuem
para baixar os preços finais.
Nos últimos 10 anos, A União Europeia adquiriu, em média, 23% do total
exportado pelo Brasil. O país é o primeiro produtor e exportador mundial de
café, açúcar, suco de laranja e soja em grão. Ocupa o segundo lugar no ranking
da produção de carne bovina, mas se mantém como o maior exportador mundial de
carne bovina e de frango.
Além de representar os interesses dos agricultores brasileiros, a abertura do
escritório em Bruxelas também atende a outra estratégia da CNA. A entidade
espera que a ampliação da participação no mercado europeu aumente a penetração
dos produtos do país em outros mercados, cujas regras são pautadas pela
regulamentação da União Europeia.