A Universidade
Federal do Tocantins (UFT) teve nove programas e quatro projetos selecionados
no edital 2014 do Programa de Extensão Universitária (ProExt) e
vai receber R$ 1.365.071 em recursos para serem aplicados, ano que vem, no
desenvolvimento das ações selecionadas.
O edital é realizado pelo Ministério da Educação em parceria com demais
ministérios e secretarias do Governo Federal, e é a maior fonte de fomento para
ações de extensão no país. Com o total de 22 ações classificadas (nove não
foram contempladas com recursos por falta de orçamento) a UFT é a que mais teve
ações classificadas no edital entre as instituições da Região Norte.
"Isso coloca a UFT e o Tocantins na linha de frente da extensão na nossa
região, e o mais importante é o reflexo positivo disso nas comunidades",
comenta o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFT, George França.
O volume de recursos obtido pela UFT no edital ProExt deste ano é mais que o
triplo do ano passado, quando a UFT foi contemplada com pouco menos de 340
mil. O aproveitamento dos projetos também cresceu: se no ano passado foram
inscritas 21 ações e somente quatro foram classificadas com recursos, neste ano
foram inscritas 33 e apenas 11 ficaram de fora.
O crescimento é reflexo de uma medida estratégica da Pró-Reitoria de Extensão e
Cultura da UFT, que realizou encontros para orientação e acompanhamento dos
professores em todos os câmpus durante a elaboração das propostas, de modo que
elas fossem adequadas, atendessem a todos os pré-requisitos do edital e ao
critério de aplicabilidade.
"Isso fez toda a diferença", comenta o diretor de projetos de
extensão e cultura da UFT, Elson Carvalho. "Fizemos uma força-tarefa e com
isso tivemos professores que nunca haviam participado de editais desse tipo
contemplados porque elaboraram propostas de qualidade", enfatizou
ele. Como consequência, todos os sete câmpus da UFT tiveram ações de extensão
contempladas com recursos.
Em Araguaína, a professora Elisângela Melo é uma das que comemora a conquista
de recursos. Ela coordena o programa "Produção de Materiais Didáticos e
Paradidáticos Valorizando os Saberes Locais: contribuições para a formação
continuada de professores indígenas Xerentes", que obteve 99,5 pontos, dos
100 possíveis, na seleção. No edital anterior do ProExt a mesma ação havia sido
contemplada como projeto. A ampliação da proposta em 2013 garantiu um aporte
maior de financiamento, uma vez que o limite para projetos é de R$ 50 mil e o
para programas vai até R$ 150 mil.
"Nós não esperávamos essa quase nota máxima, mas apostamos muito nesta
ação e agora vamos trabalhar muito para que ela dê certo e a gente possa
fomentar a discussão de outras propostas que atendam as demandas da educação
indígena a partir daí, até porque a Universidade tem uma preocupação muito
grande com a inclusão e com as ações afirmativas", ressalta a professora.
Para o próximo ano, agora que os critérios já são conhecidos, a intenção da
Pró-Reitoria de Extensão e Cultura é começar a preparar os professores e
fomentar a elaboração de propostas antes mesmo da publicação do edital.
Um dos pré-requisitos é a apresentação de uma carta de compromisso entre a
comunidade e os extensionistas, que demonstre a disposição da comunidade em
receber as ações.
A Extensão é um dos três eixos das Universidades. Articulada com o Ensino e a
Pesquisa, ela viabiliza a relação e a troca de saberes entre as instituições de
ensino e a sociedade. Por um lado garante que o conhecimento acadêmico seja
colocado em prática na forma de ações concretas que beneficiam as comunidades e
contribuem para a implementação de políticas públicas e o desenvolvimento
social. Por outro, permite que alunos e professores, em contato com diferentes
realidades sociais, possam ampliar o aprendizado obtido em sala de aula. (Ascom UFT)