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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado federal Ângelo Agnolin (PDT), discutiu na manhã desta quarta-feira, 10, dentro do ciclo “A Hora do Debate CDEIC” o tema: Propriedade Industrial de Inovação. A série de debates é uma iniciativa do próprio deputado e visa estabelecer uma pauta propositiva para desenvolver economicamente o País.

Para Agnolin, o grande desafio do Brasil é aumentar a densidade de produção tecnológica e melhorar a integração entre ciência e tecnologia. Ele avaliou como tímido os incentivos em inovação, se comparado a países desenvolvidos como a Coreia do Sul, por exemplo,“Eu fico preocupado, pois o que me parece é que é uma questão cultural do Brasil e dos empresários brasileiros que não buscam investir ou se expor aos riscos do mercado quando o assunto é inovações”, disse.

No centro do debate, a diretora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Fernanda de Negri relacionou os principais desafios da inovação no Brasil, os investimentos em pesquisas empresariais e o cenário dos incentivos a prática da pesquisa em nosso País. “O mundo inteiro cresceu muito em números de pesquisa, o Brasil inclusive, mas ficamos bem abaixo de países desenvolvidos”, admitiu.

“Avançamos em ciência e quase nada em inovação, a estrutura produtiva brasileira é o que gera as dificuldades, pois é vinculada em média e baixa intensidade tecnológica, ao contrário de países desenvolvidos que se vincula em alta intensidade tecnológica”, acrescentou Negri.

De acordo com Agnolin, é preciso mudar a forma de atuação do setor produtivo, uma vez que os investimentos em inovações e tecnologia são imprescindíveis para o desenvolvimento do seguimento produtivo brasileiro. “Quando temos movimentos reivindicatórios para obter incentivos a mobilização da categoria é forte, mas quando é para discutir uma matéria dessa importância para o país observamos a ausência de representantes das grandes corporações da indústria e confederações representantes do setor produtivo, o segmento deve rever sua forma de atuação para a busca de inovações, pois o Brasil já cobra mais empenho nessa área”, finalizou.