Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­tica

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O Projeto de Lei do governo que trata da doação do Hospital de Doenças Tropicais de Araguaina para a Universidade Federal do Tocantins (UFT) deve ser colocado em pauta assim que o deputado Eli Borges (PMDB) devolver o projeto na Comissão de Saúde, a qual ele preside. O deputado José Geraldo de Melo Oliveira (PTB) juntamente com o reitor da UFT, Marcio da Silveira, tentam articular com os deputados para que a votação ocorra o mais possível.

Conforme o deputado explicou ao Conexão Tocantins a intenção é colocar destinação de investimentos para o Hospital no Orçamento da União e o prazo fecha no dia 31 de agosto. “O Orçamento da União fecha dia 31 de agosto que é o prazo limite para o reitor inserir no orçamento recursos para que possa levar adiante projeto e ter um novo curso de medicina em Araguaina além de ter um hospital escola com condições de oferecer residência”, explicou.

O deputado vai buscar o apoio de maioria dos deputados para que o projeto seja votado logo. A UFT pretende colocar no orçamento da União R$ 50 milhões para investimento no Hospital. A projeção é chegar em 10 anos a R$ 100 milhões.

O projeto deu entrada na Casa de Leis no dia 12 de abril e está nas Comissões desde o final de junho. “Houve pedido de vista no início de julho e esse processo não foi devolvido até hoje”, explicou José Geraldo que foi na tribuna na sessão desta quinta-feira, 22, defender a federalização do Hospital. "Essa doação do HDT e da Funtrop vai nos garantir que teremos um atendimento de muito mais qualidade", frisou. 

O deputado petebista explicou que com a doação a perspectiva é de chegar a novos 300 leitos e intensificar os investimentos para pesquisa na área de medicina tropical. “A UFT tem muitos mestres e doutores prontos para conduzir processo de pesquisa. Temos certeza e convicção que é a melhor solução que nós temos”, frisou. O parlamentar citou ainda que atualmente o governo investe 22% do orçamento na Saúde e não tem condições de fazer investimentos na área.  

Sobre a continuidade dos serviços e programas no hospital, o deputado afirmou que a UFT assumirá o compromisso de manter o trabalho do hospital e prestar serviços de qualidade à população em várias áreas. “Esse projeto vai trazer benefício para o povo de Araguaina, do Tocantins e de toda região”, frisou.

O reitor Marcio da Silveira, que está na Casa de Leis para tratar do assunto com os parlamentares, explicou ao Conexão Tocantins que a UFT tem condições e está pronta para assumir o hospital e fazer melhorias e investimentos. “Tenho certeza que a UFT tem credibilidade e crédito com a população”, frisou. Ele frisou que a instituição não vai alterar o foco de atuação do hospital. “Nosso foco será a medicina tropical”, frisou. O Hospital Universitário da UFT será construído em cinco anos.

Após aprovação do projeto, a UFT terá um período de um ano para fazer a transição dos processos sem interromper as atividades do hospital. Os servidores estaduais serão cedidos a UFT para conclusão da transição durante este período.

Eli questiona

O deputado Eli Borges afirmou ao Conexão Tocantins que seu pedido de vista já expirou e que aguarda apenas reunião da comissão de Saúde para devolver o projeto. Está previsto para o dia 5 de setembro a realização de uma audiência pública em Araguaina para também tratar do projeto. “Na audiência nós vamos ouvir o sentimento popular da região”, disse. Questionado sobre o prazo para fechar o orçamento da União o parlamentar disse que, na sua opinião, nada impede a UFT de colocar a previsão orçamentária de investimento para o hospital. “Nada impede que ele coloque isso. Ele pode colocar previsão orçamentária e depois fazer o remanejamento”, afirmou. Na opinião do peemedebista faltam explicações detalhadas sobre como ficará o hospital após a possível doação.

“O problema é que ninguém escreve no papel como vai ficar o futuro do hospital e dos funcionários. O projeto diz apenas que visa extinguir e doar o patrimônio para a UFT”, questionou.