O secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos afirmou ao Conexão Tocantins que o governo em momento nenhum busca interferir na Assembleia Legislativa e muito menos tentou alçar sobre o deputado da oposição, Manoel Queiroz (PPS) qualquer dúvida com relação ao voto dele na votação das contas de 2009 dos ex-governadores Marcelo Miranda e Carlos Gaguim. “ O governador pessoalmente pediu a liberação da emenda em respeito ao sofrimento daquelas costureiras”, informou.
Queiroz alegou nesta terça-feira que o governo teria liberado uma emenda dele de R$ 300 mil para a Associação de Costureiras em Praia Norte no mesmo dia da rejeição das contas de Gaguim e Marcelo na Assembleia com a intenção de lançar dúvida sobre o voto do parlamentar. “A liberação de emendas está completamente dissociada de alguma votação”, argumentou Eduardo.
O secretário explicou ainda que há todo um processo desde o empenho até a liberação da emenda e que tudo isso leva tempo. “Ele não é o único parlamentar de oposição ferrenha que teve emendas parlamentares liberadas. Se não quer emenda aproveitada que não apresente”, disse. Eduardo negou que haja coincidência entre datas com relação ao dia da votação das contas e a rejeição das contas.
Conforme Eduardo o governador optou pela liberação da emenda pelo teor social da destinação. “ O governo não tem interesse nenhum em levantar dúvidas sobre um deputado”, disse. Para ele, tal acusação contra a gestão é algo pequeno. “ Cada um adota suas posições políticas de acordo como quer”, frisou.
Queiroz pediu ainda um balanço de todas as emendas parlamentares liberadas este ano pelo governo. Eduardo comentou que a atual gestão tem liberado várias emendas inclusive de parlamentares da oposição.
O secretário preferiu não comentar sobre a acusação de vários deputados de que o governo teria articulado para derrotar Gaguim e Marcelo na votação de contas. “Não é meu objetivo entrar no mérito da votação das contas. Não cabe a mim comentar isso”, disse.