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Polí­cia

O presidente da Associação dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Aspol/TO), Davi Fernandes Nunes, admitiu que vê com preocupação a informação sobre a possível infiltração do crime organizado no Estado do tocantins. Segundo ele, uma informação destas partindo de um promotor de Justiça, mostra que tanto os colegas policiais quanto a sociedade tocantinense estão ficando desguarnecidos, à mercê dos criminosos.

Para Davi, o sucateamento das delegacias e as constantes rebeliões em presídios tocantinenses são provas de que é necessário mais investimento do Poder Público na Segurança Pública Estadual. “Creio que o secretário de segurança publica do estado até agora não mostrou para a sociedade o seu 'projeto alternativo'. Não deu uma resposta à altura frente ao caos da segurança publica estadual. O atual secretário empossado há quatro meses, até agora não conseguiu sequer reunir o conselho superior de polícia para deliberar sobre as demandas da classe”, disse Davi.

“Se não fortalecer as instituições de segurança pública e dar melhores condições de trabalho aos servidores, as porteiras estarão sempre abertas para o crime organizado”, criticou o presidente da Aspol. Ainda de acordo com Davi, o elo entre o crime organizado e os criminosos tocantinenses pode ter se estreitado no ano de 2009, e 2010 após a transferência de presos tocantinenses para presídios de segurança máxima em outros Estados.

“Em 2009 denunciamos ao Ministério Público Estadual a situação do presídio de Barra da Grota. Eram necessárias reformas e manutenção do prédio. Infelizmente não foram feitas e o prédio foi parcialmente destruído na rebelião de 2009.”, lamenta Davi.

Reconhecimento

Outro ponto destacado pelo presidente da Aspol é a falta de interesse do Governo do Estado em valorizar os servidores da segurança pública. Prova disso é o descaso em não promover os policiais aptos nos anos de 2012 e 2013 na época em que alcançaram o interstício. “O Estado foi omisso pois nada fez sobre o assunto. Tanto a secretaria da administração quanto da segurança pública, mesmo tendo recebido os ofícios da Aspol requerendo as promoções nos dois momentos, não tomaram atitude para criação de vagas necessárias, como feito em 2009. O governo não tem investido na boa relação com os servidores da segurança pública e a recente decisão em não pagar os retroativos resume isso”, finaliza Davi Fernandes Nunes. (Ascom Aspol)