O governador Siqueira Campos recebeu na tarde deste sábado, 16 médicos entre brasileiros e estrangeiros que irão trabalhar em municípios do interior do Tocantins pelo “Programa Mais Médicos” do Governo Federal. O voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe os médicos veio de Brasília e pousou no Aeroporto Internacional de Palmas Brigadeiro Lysias Rodrigues, por volta das 13h30. O grupo de médicos foi recepcionado pelo governador no Palácio Araguaia, que destacou o sucesso da experiência tocantinense com a medicina cubana.
“Médico que é médico tem o compromisso de um sacerdócio. Os médicos cubanos não são melhores que os brasileiros, e nem os brasileiros melhores que os cubanos. Foi o melhor tempo da saúde pública do Estado do Tocantins com a presença dos 343 médicos cubanos, não tive nenhum problema. Foi um tempo muito bom”, destacou. O governador lembrou ainda da importância da integração entre os profissionais e as comunidades atendidas. “Temos que nos integrar para acabarmos com as diferenças e com os problemas. Cada um de nós tem de fazer o que é preciso para que haja fraternidade. Para que seja respeitada a dignidade do ser humano, principalmente daquelas regiões mais pobres. Precisamos dar valor a quem tem sentimento de fraternidade”, enfatizou.
Serão 14 municípios beneficiados e mais um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI). Conforme a secretária estadual de Saúde, Vanda Paiva, 83 municípios do Tocantins solicitaram o atendimento do programa. A seleção por parte do Ministério da Saúde levou em conta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Essa é a primeira etapa, nós teremos mais etapas. Esperamos que até o fim do ano o Ministério da Saúde consiga suprir nossa necessidade. Quando temos médicos em todas as unidades básicas de saúde, a internação hospitalar diminui em torno de 50%, com isso iremos melhorar a saúde como um todo”, afirmou Vanda Paiva.
A médica cubana Yaisel Perea, que irá trabalhar em Arraias, a 413 km de Palmas, conta que já trabalhou na Bolívia por mais de dois anos, e que o domínio da língua portuguesa não será um problema. “Nós temos experiência para trabalhar, a principal dificuldade é propriamente a carência de médicos. Estou muito curiosa. Gosto muito do Brasil, sempre quis conhecer. Depois de terminar meus estudos trabalhei em vários lugares e agora vim para cá. Estou preparada para trabalhar com as diferenças culturais, históricas e sociais. Vamos trabalhar forte”, garantiu.
Os médicos irão começar a trabalhar nas Unidades Básicas de Saúde, a partir do dia 23 de setembro. De acordo com Miraci Astun, da Coordenação do “Programa Mais Médicos”, nessa primeira semana no Tocantins, os médicos vão conhecer a estrutura dos municípios, serão integrados às equipes e irão entender como funciona a saúde pública no Estado. “Todos os médicos estão habilitados e capacitados para atender à população, que pode ficar tranquila porque serão bem atendidos”, informou. 4151 - Médicos cubanos que vão trabalhar no Tocantins logo após descer do avião da FAB. (ATN)
