O sistema público de segurança e a atuação de organizações criminosas nos municípios de Taguatinga e Ponte Alta do Bom Jesus, no Sudeste do Estado, serão debatidos em audiência pública que ocorre nesta sexta-feira, 20, no auditório da Promotoria de Justiça de Taguatinga, às 9h.
Estão sendo convidados a participar dos debates, além da comunidade, representantes da Polícia Militar do Estado e da região, os prefeitos e presidentes das câmaras dos dois municípios, os juízes e o defensor público da Comarca, o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Taguatinga e um representante da Polícia Civil.
A audiência pública é embasada em um inquérito civil público, aberto pelo Promotor de Justiça Reinaldo Koch Filho, em agosto, que relacionou o baixo efetivo e a falta de equipamentos das polícias com a ocorrência de crimes especializados nas duas cidades. Também age como facilitador da violência a proximidade dos municípios com as divisas da Bahia e Goiás, estados de origem das quadrilhas e que servem como rotas de fuga.
Segundo o inquérito civil, é crescente o número de assaltos a banco, extorsões mediante sequestro e roubos de veículo nas cidades. A agência do Banco do Brasil em Taguatinga, inclusive, não está funcionando desde a explosão de suas instalações, em agosto último, por assaltantes fortemente armados. Antes, em relação à mesma agência, houve sequestro da família do gerente (2010) e um assalto que deixou dois policiais e um idoso feridos (2012).
Efetivo
Os municípios, apesar da proximidade com os estados de Bahia e Goiás, sofrem
com um efetivo policial muito inferior à média do próprio Tocantins, o que
conota descaso, segundo avaliação do Promotor Reinaldo Filho.
Enquanto a média no Estado é de um policial militar para cada grupo de 391 habitantes, em Taguatinga a proporção é quase a metade: um PM para cada 692 habitantes. Já em Ponte Alta do Bom Jesus, a proporção é de um PM para cada 517 habitantes. (Ascom MPE)