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Estado

Foto: Divulgação

Desde a criação, em 1988, o Tocantins vem desenvolvendo o potencial de receber pessoas com sonhos de construir aqui uma vida melhor. Os índices de crescimento populacional do Estado apontam justamente para este panorama. Quando da criação da nova Unidade Federativa, o Estado tinha cerca de 920 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, segundo o Censo 2010, o Estado possuiu uma população de 1,3 milhão, com projeção para mais de 1,4 milhão em 2013.

Por ser um Estado novo, ainda com possibilidades de crescimento econômico e social, o Tocantins tornou-se um foco de esperança no País para quem queria recomeçar a vida ou buscar oportunidades.  Dentro deste contexto, desde o início dos anos 1990, pessoas de todas as regiões do Brasil migraram para o mais novo estado da nação em busca de um sonho, de uma vida nova.

Dos mais de 1,3 milhão de habitantes do Estado, a extensa maioria é de pessoas do antigo norte goiano e migrantes da região Norte. Estes, segundo o IBGE, representam mais de 987 mil pessoas. Da região Nordeste, veio outra grande parcela da população tocantinense, com quase 230 mil migrantes, incluindo o governador Siqueira Campos, natural de Crato (CE), que veio para o Tocantins quando o estado sinda era o Norte goiano. Do Centro-Oeste, são mais de 102 mil pessoas, enquanto das regiões Sul e Sudeste, são cerca de 57 mil habitantes no Tocantins. Pessoas de diferentes locais, mas que buscaram no Estado um objetivo em comum: oportunidade.

Caso do paulista Leonardo Vieira, que veio de Santos, ainda adolescente, em 1997 e hoje é casado e tem dois filhos.  Segundo ele, que nasceu no litoral de São Paulo e é representante comercial de uma rádio local, seu pai já trabalhava como viajante na região desde 1992 e viu no novo Estado uma oportunidade de futuro para os filhos. “Nós viemos para Paraíso (cidade vizinha a Palmas) e, em 1998, nos mudamos para a capital”, disse. Lembrando o período em que transitava entre os dois municípios, Leonardo destacou como era feita a travessia do rio Tocantins em uma época antes da ponte. “Para vir de Paraíso para cá a gente parava o ônibus na beira o rio, pegava um barco e tinha um outro ônibus nos esperando do outro lado”, contou.

Oportunidade também foi o que moveu o sergipano Flávio Monteiro, natural do município de Lagarto, no interior do estado nordestino. Ele contou que veio para o Tocantins em busca da possibilidade de crescimento financeiro e, desde que chegou, trabalhou como vendedor e hoje é assessor parlamentar. “Foi aqui que eu tive minhas oportunidades, conheci a minha esposa e ganhei meu filho, meu maior presente. Aqui realizei meu sonho de ter uma casa, uma família”, completou. Quando questionado se pretende deixar o Tocantins ou retornar ao estado natal, ele foi enfático. “De jeito nenhum. Quero passar toda a minha vida aqui”, disse.

Intercâmbio

Visando dar continuidade em seus estudos no curso de Biologia na Universidade do Minho, em Portugal, Helena Roriz veio para o Tocantins no final de 2004, através de um programa de intercâmbio entre sua faculdade e a Universidade Federal do Tocantins (UFT). “Meu intercâmbio consistiu no estágio de final de curso e monografia. Fui orientada pelo professor Renato Torres Pinheiro (Biologia –UFT) num trabalho que se baseou na determinação da Composição da Comunidade de Aves de Ambientes Naturais e Urbanos do Cerrado Tocantinense”, explicou.

Ela, que se diz apaixonada pelo Tocantins, retorna ao Estado sempre que pode e diz que, se pudesse, voltaria a morar em Palmas. Helena frisou que as largas avenidas e o acolhimento da população foram um atrativo a parte no Estado, mesmo com o calor e a sequidão experimentados pela portuguesa. “E eu tenho saudades de tudo isso. Mas principalmente das pessoas, das amizades que fiz e que vou levar para sempre. Como eu costumo dizer, Palmas é Terra do pôr do sol mais incandescente, da lua mais cheia de todas e dos melhores abraços do mundo”, ressaltou. (ATN)