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Estado

Foto: Divulgação

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O inquérito da Operação Miqueias, que investiga o desvio de dinheiro de fundos de pensão municipais, foi encaminhado nesta quarta-feira (2) para o Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento de deputados. O assunto foi repercutido em matéria do Jornal Nacional na noite desta quarta-feira, 3.

Os telefonemas foram gravados pela Polícia Federal.

Segundo relatório da PF, o doleiro Fayed Treboulsi, apontado como chefe da quadrilha, conversa várias vezes com três deputados federais: Waldir Maranhão, do PP do Maranhão,  Davi Alcolumbre, do DEM do Amapá,  e Eduardo Gomes, do PSDB - que está licenciado e é o atual secretário de Esportes de Tocantins.

Em um desses diálogos, Eduardo Gomes aparece ajudando a marcar encontro do doleiro com um prefeito.

Eduardo: vou pegar o prefeito e vou praí.
Fayed: Então, eu já tô no escritório. Tô chegando, tá?
Eduardo: então tá bom.

Ainda segundo a Polícia Federal, uma agenda de Fayed apreendida traz anotações de valores ao lado do nome de Eduardo Gomes: R$ 60 mil,  R$ 250 mil e R$ 100 mil. Mas o relatório não explica do que se trata.

A Polícia Federal identificou ainda dois depósitos de R$ 100 mil cada um na conta de Amando Almeida Leão Neto, funcionário de Eduardo Gomes. Segundo o relatório, as transferências foram feitas por empresas de pessoas ligadas ao doleiro Fayed. 

Por causa do surgimento de nomes de parlamentares na apuração da Polícia Federal, o desembargador Candido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decidiu remeter o inquérito para o Supremo Tribunal Federal, que vai decidir se há elementos para investigar os parlamentares.

O deputado Waldir Maranhão  disse que nunca teve contato com o doleiro Fayed.

O deputado Davi Alcolumbre negou que tivesse intermediado encontros do doleiro com prefeitos.

O deputado e secretário Eduardo Gomes, admitiu que apresentou prefeitos a Fayed, mas disse que eles não fecharam negócios com o doleiro. Eduardo Gomes declarou ainda que vai apurar informações  sobre os depósitos feitos na conta do funcionário dele. (Com informações do Jornal Nacional)