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Estado

Foto: Divulgação

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Na tarde da última sexta-feira, 11 de Outubro de 2013, alguns estudantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT/CUP) atuantes no Enegrecer/Kizomba/PT foram presos pela Polícia Militar e encaminhados à Delegacia sob a alegação de crime ambiental devido a pichação realizada no chão da área externa da Assembleia Legislativa. Os manifestantes Cristian Ribas e Thiago Cabral Borges foram levados para a delegacia e liberados após algumas horas.

Integrantes da ação alegam que estavam apenas protestando, através de uma intervenção criativa, artística e cultural pelo grafite, denunciando o genocídio étnico e socioeconômico de jovens negros pobres, assassinados diariamente como tantos outros "Amarildos" nas cidades brasileiras, “sob a cínica e criminosa justificativa dos autos de resistência”, alegam.

O líder Cristian Ribas que é também Conselheiro Nacional de Promoção de Igualdade Racial representando o Tocantins explicou através de sua página na rede social, que o grupo fez  um ato em Palmas pela aprovação da PL 4471, a PL dos Autos de Resistência. “Uma pauta que responde de forma efetiva o enfrentamento ao genocídio da juventude negra... Fizemos um stencil no chão em frente a prefeitura e a Assembleia Legislativa e fomos detidos, e agora respondendo um processo de crime ambiental”, contou em sua rede social. O protesto ganhou apoio de várias pessoas na rede social que viram como exagero a prisão dos manifestantes.

Os militantes defendem o PL 4471/12 que prevê o fim do termo "auto de resistência" e a investigação de homicídios cometidos por policiais em trabalho e a aprovação da PEC 51/13 que prevê a desmilitarização das polícias e ouvidoria externa.

“Não confundam manifestação política, ideológica, étnica, cultural e artística com vandalismo e ainda que estivéssemos mascarados e vestidos de preto resistindo à ação truculenta da polícia não haveria nada de mais democrático e coerente em adotar uma ação concreta e efetiva que se proponha a implementar a transformação social que queremos ver”, defendeu um simpatizante do grupo numa rede social.