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Meio Ambiente

Foto: Divulgação

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Cerca de 30 indígenas das etnias Javaé e Karajá estão no Parque Estadual do Cantão (PEC), em Caseara, para participarem da primeira etapa da Oficina de Formação de Agente Ambiental Indígena. A programação começa nesta segunda-feira, 25, e segue até sexta-feira, 29, com a finalidade de  propiciar noções básicas para a atividade de monitoramento e vigilância do território indígena, orientando-os a como proceder diante de ilícitos ambientais.

Esta oficina integra o Planos de Ação dos Povos Indígenas (PPI) do Programa Áreas Protegidas da Amazônia  no Parque Estadual do Cantão. Já o plano tem função preventiva em relação à pesca no interior do Parque pelos indígenas habitantes do entorno da Unidade, bem como criar uma relação amistosa com estas comunidades e ainda, proporcionar ambiente favorável que garanta o ordenamento pesqueiro mediante implementação da vigilância do território indígena, com apoio efetivo do Naturatins, do Parque Nacional do Araguaia e da Funai.

“O plano também se relaciona com os objetivos de conservação do PEC, à medida em que visa reduzir a pressão sobre os recursos pesqueiros e quelônios tanto no caso da pesca clandestina, quanto da pesca regularizada no entorno da Unidade”, explicou a supervisora da Coordenadoria de Desenvolvimento Socioeconômico do Naturatins, Paula Montenegro.

Para o trabalho de conservação da região, estão envolvidos representantes do Instituto Natureza do Tocantins – Naturatins, órgão gestor do Parque Estadual do Cantão; do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), através do Parque Nacional do Araguaia, a Fundação Nacional do Índio (Funai)  e as comunidades indígenas das aldeias Boto Velho,  Txuodé, Waotynã, Macaúba, Ibutuna, Utaria e São João.

Os trabalhos serão mediados pelo analista ambiental do  Ibama/MT, Mauro Vieira Baldini, que já fez o mesmo trabalho junto às etnias Cinta Larga, Zoro e Kayapó no Mato Grosso. “Durante a oficina vamos trabalhar especificamente nas ações de vigilância e monitoramento dos territórios indígenas, neste primeiro momento na confecção de um mapa de relacionamento com outros povos, pessoas e instituições, também levantaremos questões como saneamento e  conflitos ambientais”, disse o analistas.

Para Montenegro, a expectativa é que com a execução do Plano se consiga minimizar os problemas que se avizinham em relação aos estoques pesqueiros nos lagos do Cantão e entorno, garantindo assim, a conservação da biodiversidade, a sobrevivência das comunidades ribeirinhas e indígenas que habitam estas áreas de entorno e evitando o agravamento da pressão de pesca no interior da UC.

 Além da oficina, o PPI prevê uma segunda etapa que consistirá na mediação de conflitos, ação prevista para fevereiro de 2014.