A Secretaria Estadual da Saúde do Tocantins por meio da Diretoria de Vigilância e Proteção à Saúde alerta os municípios do Estado para a possível ocorrência de casos de cólera no Brasil. O alerta faz parte das recomendações enviadas pelo Ministério da Saúde após registros da doença na América Central e Caribe e devido ao fluxo de pessoas vindas desses locais.
Algumas medidas devem ser adotadas pelas secretarias municipais de saúde e serviços assistenciais. O objetivo é reduzir os riscos de introdução da doença através de investigações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais de todos os casos suspeitos.
O principal sintoma para identificação de casos suspeitos é a ocorrência de diarreia aquosa aguda até 10 dias, depois de sua chegada no Brasil; ou diarreia aguda em pessoas que coabitem com alguém que tenha retornado de área afetada há menos de 30 dias e ainda em pessoas com mais de 10 anos, que apresente diarreia aguda, liquida e abundante, com evolução para desidratação grave.
Em casos suspeitos, os municípios devem acionar imediatamente a Unidade de Resposta Rápida pelo 0800 642 7300, além de preparar os serviços de assistência e diagnóstico para investigação clínico-laboratorial. Também devem ser monitoradas as incidências de casos de diarreia aguda nas unidades de saúde, em pronto atendimento, nas internações hospitalares, bem como nos óbitos decorrentes de doença diarreica.
Os municípios devem também intensificar a distribuição do hipoclorito de sódio 2,5%, substância que desinfeta água e alimentos, principalmente para as famílias que não têm acesso a água tratada. Também devem intensificar a vigilância da qualidade da água para consumo humano e ações de vigilância sanitária dos alimentos.
Os profissionais da saúde devem ser capacitados para realizarem o diagnóstico e manejo clínico dos casos suspeitos. A população deve ser orientada sobre os sinais e sintomas da doença, e também sobre medidas de prevenção.
Viajantes
As pessoas que se deslocarão para áreas e países com confirmação de casos de cólera devem procurar o atendimento em unidade de saúde mais próximo caso apresentem o sintoma da diarreia aguda; beber água e gelo apenas de procedência conhecida e em caso de dúvida, tratar a água com o hipoclorito ou ferver a água para consumo; não tomar banho em rios, lagos, praias e piscinas com água contaminada; evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos ou mal assados, especialmente frutos do mar; evitar comidas comercializadas por ambulantes; evitar o consumo de alimentos cozidos e deixados em temperatura ambiente por mais de duas horas, a recomendação é em caso de consumo não imediato, o alimento deve ser congelado até duas horas depois de sua preparação.
Além disso, os viajantes devem reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumir; escolher alimentos de fontes seguras dentro do prazo de validade; lavar as mãos com frequência e ao retornar ao Brasil, ficar atentos durante pelo menos 15 dias, sobre a apresentação de qualquer sintoma que devem ser informados a um médico. (Ascom Sesau)