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Estado

A criação de mais de 600 cargos pelo governo estadual através de Medida Provisória provocou reação dos aprovados no certame do Quadro Geral. Em entrevista ao Conexão Tocantins nesta quinta-feira, 9, a representante da Comissão dos Aprovados, Kerley Mara Barros Câmara de Azevedo disse que mais uma vez o governo mostra que não tem comprometimento com os concursados.

O grupo fará um estudo do impacto da criação dos cargos de Direção Estrutural (CDE)  e de Função de Assessoramento Setorial (FAS) para pedir que a Defensoria Pública anexe na Ação Civil Pública do Ministério Público Estadual que pede a contratação imediata dos aprovados no Concurso do Quadro Geral do Estado. A ação protocolada ano passado pode ser concluída na próxima semana. “ Aí vai demonstrar que se o governo está criando cargos  é porque realmente tem necessidade”, frisou.

Os aprovados questionam o argumento da Secad de que os novos cargos não irão preencher as funções e vagas previstas no certame do Quadro Geral. “O próprio governo já se enrolou com todas as desculpas possíveis e nem tem mais o que justificar”, disse a representante. A Secad alega que os novos cargos não irão aumentar as despesas com pessoal.

O grupo pretende retomar uma série de mobilizações para pressionar o governo a nomear os aprovados como outdoors e panfletagens principalmente nos municípios do interior.

Sisepe aponta custo

O Sindicato dos Servidores Públicos - Sisepe também questionou o governo.“Nós não concordamos com essa atitude do governo porque uma vez criados os cargos evidentemente que ele (o governo) vai preencher e gerar ônus para o Estado”, disse o presidente Cleiton Pinheiro ao Conexão Tocantins. O  Sindicato estima um custo de R$ 1,5 mi a mais com gasto de pessoal.  “Como que o governo justifica isso para o concursado que esta aí há quase dois anos e não é chamado? O governo está brincando com os servidores efetivos”, disse.

O Sindicato vai pedir explicações a Secad sobre os novos cargos.

Convocações

O governo alega que já convocou 3.302 aprovados para tomar posse. Número que representa 73,16% do total das vagas imediatas. A promessa do secretário Lucio Mascarenhas, que entregou o cargo à disposição do governador e pode sair da pasta, é que até abril deste ano todos os concursados fossem convocados.