O grupo de deputados da base do governo estadual começa a se movimentar na próxima semana para levar o nome do pré-candidato do governo, Eduardo Siqueira Campos (PSDB) para os municípios. Uma reunião acontecerá onde os parlamentares pretendem definir uma agenda positiva para visitar lideranças e prefeitos nas cidades.
“Recebi uma ligação do deputado Wanderlei Barbosa convidando para reunir o Solidariedade e criar uma agenda e começar realmente uma caminhada em função do sucessor do governador”, informou o deputado do Solidariedade, Stalin Bucar, em entrevista ao Conexão Tocantins nesta sexta-feira, 31.
A intenção é fazer encontros semanais a partir das quintas-feiras. Atualmente estão na base governista pelo menos 12 deputados, sendo oito só da bancada do Solidariedade.
O presidente do Solidariedade no Tocantins e presidente da Assembleia legislativa, Sandoval Cardoso confirmou que vai acontecer o encontro e frisou que as articulações são intensas no partido e também no grupo. "Nós nos reunimos quase que diariamente mas vamos fazer essa agenda positiva", frisou.
Bucar defende que Eduardo Siqueira seja de fato o candidato do governo. “Ele é o nome mais viável, que tem mais consistência, o mais preparado e conhece a fundo os problemas do Estado”, disse. O parlamentar frisou que o grupo aguarda a decisão do governo sobre a sucessão mas trabalha para fortalecer o nome Eduardo para substituir o pai, o governador Siqueira Campos.
Eduardo deixou o cargo de secretário de Relações Institucionais mas, segundo confirmam os próprios aliados, continua em plena atividade com relação às questões do governo e inclusive recebe vários secretários e prefeitos em sua residência diariamente. O pré-candidato teve também influência direta nas últimas mudanças que o governo fez no secretariado.
Críticas a adversários
O deputado comentou ainda sobre as pretensões de alguns pré-candidatos da oposição ao Governo, que, segundo ele, sequer moram no Tocantins, como Roberto Magno Martins Pires do PP e o procurador Mario Lucio Avelar (sem partido). “São uns aventureiros que acham que a população não leva em conta a luta que nós políticos temos para colocar o Tocantins onde ele está”, frisou.
Mario Lucio Avelar, que atuou como procurador no Tocantins, já admitiu que pode ser candidato ao governo através de uma articulação nacional por parte do PSB. Ele frisou que uma de suas metas é combater a corrupção no Tocantins. Já Pires, que integra o grupo da terceira via, tem feito constantes críticas com relação ao incentivo do governo para os empresários, argumento que foi contestado pelo secretário Paulo Massuia. Pires já começou a se movimentar como pré-candidato participando de reuniões e eventos. Na semana passada participou de um evento do PT, aliado do PP, mas não fez fala e saiu no meio do evento porque tinha que retornar de avião fretado para sua residência em Goiânia, segundo foi informado durante o evento.
Stalin ainda criticou o fato de pré-candidatos estarem imaginando que o processo eleitoral de outubro no Estado pode repetir o que aconteceu na capital, Palmas, quando o pepista, empresário Carlos Amastha arrancou a partir de 1% para a vitória. “Porque deu certo em Palmas eles acham que qualquer pessoa agora pode ganhar só porque na capital o povo votou numa pessoa estranha mas não vai funcionar. O povo quer líder que tem consistência e não apenas uma mera novidade”, atacou. Para o deputado governista, Roberto Pires e Avelar querem fazer o discurso de “salvador da pátria”. “ O povo não vai comprar isso”, frisou.
Outros deputados governistas também criticaram as pretensões dos pré-candidatos citados. O incômodo maior no governo seria com relação a Roberto Pires. Segundo informações de uma fonte do Palácio Araguaia, membros do governo já reuniram várias denúncias de irregularidades em negócios de empreiteiras ligadas a Roberto Pires. A intenção seria levar tais informações ao conhecimento do público caso ele se consolide de fato como candidato.