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Estado

Foto: Aldemar Ribeiro

Com uma produção estimada que supera os 573 milhões de toneladas para a safra 2013/2014, o Tocantins segue como um dos maiores produtores de arroz no Brasil. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento e colocam o Estado atrás apenas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina no ranking da produção do grão. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), o Tocantins conta com uma área plantada de mais de 570 mil hectares com uma produtividade que supera as 4,7 toneladas de arroz por hectare. Tamanho potencial fez com que uma comitiva com representantes de sete países africanos viesse ao Tocantins para conhecer a cadeia produtiva e os sistemas de irrigação no cultivo de arroz.

De acordo com o secretário executivo da Agricultura e Pecuária, Ruiter Padua, a principal região produtora no Tocantins é a que abrange os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré e Formoso do Araguaia, no sudoeste do Estado. Nesta área o cultivo de arroz é potencializado principalmente pelo projeto de irrigação do Rio Formoso – com 30 anos de funcionamento - e o Programa de Desenvolvimento da Região Sudoeste (Prodoeste), que está em fase de implantação. “Toda essa área do Vale do Araguaia, em torno de um milhão, um milhão e meio de hectares, são propícias para a produção de arroz. Nós temos explorados apenas cem mil hectares, em torno de 7% do total. Com a implantação do Prodoeste, nós poderemos incorporar mais trezentos mil hectares”, pontuou.

Padua explicou que os investimentos no programa, que giram na casa dos R$ 5 bilhões, terão retorno garantido em um curto período de tempo, pela movimentação financeira que será fomentada com o fortalecimento da produção no local. “Isso [implantação do Prodoeste] vai possibilitar uma movimentação financeira de mais ou menos R$ 3 bilhões por ano. Ou seja, você vai fazer um investimento de R$ 5 bilhões em algo que vai durar mais de 30 anos e vai movimentar o referente ao investimento naquela região em um ano e meio”, explicou.

Como exemplo, o secretário executivo da Seagro usou o projeto de irrigação do Rio Formoso, que foi implantado há mais de 30 anos no Tocantins. De acordo com Ruiter Padua, depois de três décadas o projeto passará pela primeira grande manutenção, em 2014. “Agora é que vamos fazer uma manutenção pesada, que vai gastar em torno de R$ 300 milhões. Mas serão obras que vão durar mais 30 anos”, frisou.

Visita ao Tocantins

Com os recentes destaques na produção de arroz e o fortalecimento de programas de irrigação, o Tocantins tem se tornado vitrine para países pretensos no cultivo do grão. Nesta semana, representantes de sete países africanos vieram ao Estado para conhecer, junto à Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), a produção de arroz e os sistemas de irrigação para o cultivo. Representantes de Gana, Nigéria, Mauritânia, Costa do Marfim, Benin, Senegal e Burundi visitaram nessa terça-feira, 11, as obras do Prodoeste e o projeto de irrigação do Rio Formoso. (ATN)