O aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é um processo de inclusão na vida de crianças, jovens e adultos surdos. Por meio de gestos, eles se expressam e partilham emoções e experiências. No Tocantins, alunos surdos estão incluídos na sala de aula do ensino regular, recebendo Atendimento Educacional Especializado (AEE) em salas de recursos multifuncionais.
Para Claúdia Arantes, intérprete de libras da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), a inclusão na escola é facilitada quando o professor tem conhecimento da língua de sinais. “Percebemos o interesse do aluno surdo em frequentar as aulas, de participar de eventos promovidos pela escola porque estes profissionais dão apoio”, ressaltou, afirmando que não apenas educadores estão se interessando em aprender libras. “Muitas pessoas tem buscado conhecer a Língua Brasileira de Sinais, isso tem possibilitado se incluir na comunidade surda”, completou.
O professor João Mendes Filho é surdo e foi alfabetizado aos nove anos de idade. Hoje, ensina libras para pessoas ouvintes. “É um avanço para a comunidade surda ter pessoas ouvintes tendo conhecimento da língua de sinais”, afirmou o professor com a ajuda de um intérprete.
Inclusão
Nesta quarta-feira, 23, quando comemora-se o dia nacional da educação de surdos, a professora da sala de recurso da diretoria de educação inclusiva, Sandra Rodrigues dos Santos, destaca a importância da inclusão na comunidade surda. Segundo ela, que tem uma filha surda, o acesso facilitado à linguagem contribuiu para a educação da estudante. “Hoje vejo que colhi frutos porque ela tem uma boa desenvoltura”, frisou.
Curso de Libras
Com o objetivo de divulgar a língua de sinais e capacitar os profissionais da Educação no atendimento aos alunos surdos, a Seduc oferta cursos de Libras gratuitos, abertos à comunidade.
Ana Rita de França Lopes, professor de dança, é uma das cursistas. Ela diz que está fazendo o curso de Libras para aprender a se comunicar com alunos surdos na escola em que trabalha, e também participar da vida deles. “Percebo que às vezes, na escola, o aluno surdo sente excluído porque o professor não sabe se comunicar com ele, isso foi o que me motivou aprender a língua de sinais”, disse.
O curso abrange três níveis, o iniciante, intermediário e avançando, com carga horária de 120 horas. Para participar, basta procurar a Diretoria da Educação Inclusiva da Seduc. (Ascom/Seduc)