A exibição do filme Camponeses do Araguaia, a Guerrilha vista por dentro no auditório do Campus de Miracema da Universidade Federal do Tocantins, no dia 27 de maio, às 19 horas, dá início às sessões da terceira edição da Mostra Cinema pela Verdade no Estado. No ano em que completam-se 50 anos do golpe que instaurou a ditadura civil-militar no Brasil, a Mostra volta a exibir filmes que retratam este período marcante da história brasileira. Também haverá sessões em Palmas dias 29 e 31 de maio, e nos dias 2, 3 e 4 de junho.
As sessões, realizadas simultaneamente em universidades de todo o País, começaram em abril e acontecem até a primeira semana de junho. Nestes pouco mais de dois meses, cada Estado do Brasil terá pelo menos seis sessões gratuitas, totalizando 162 exibições seguidas de debates. Além de Camponeses do Araguaia, também são exibidos os documentários Repare Bem, de Maria de Medeiros, e Ainda Existem Perseguidos Políticos, produzido de forma coletiva pela Ong Acesso.
A Mostra Cinema pela Verdade teve início na última semana de março, quando universitários das 27 Unidades Federativas do Brasil reuniram-se em um hotel no interior do Rio de Janeiro para participar de uma intensa capacitação que os tornaram “agentes mobilizadores”. Oriundos dos cursos de Jornalismo, Ciências Políticas, História, Sociologia, entre outros, eles são responsáveis por produzir e promover a Mostra em universidades, escolas e centros culturais de todas as capitais e em algumas cidades do interior do país. Em Tocantins, o agente mobilizador é o estudante de jornalismo, Viuller Oliveira.
Realizado desde 2012 pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com o Ministério da Justiça, o projeto foi contemplado pelo edital “Marcas da Memória”, da Comissão de Anistia, que visa à promoção de eventos e projetos com foco na Ditadura Militar no Brasil e na América Latina. "O Festival de Cinema pela Verdade chega a sua terceira edição em um momento de afirmação de nossa democracia com o aniversário dos 50 anos do Golpe. Este ano serve para reafirmar o NUNCA MAIS e para dizermos em alto e bom tom que a sociedade brasileira não aceita ruptura com as instituições e com a Constituição", diz o Secretário Nacional de Justiça e Presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão. (Ascom Projeto Paralelo)