A Escola Estadual Professora Maria dos Reis Alves Barros, localizada no Jardim Taquari, em Palmas, recebe o projeto “Violência e Preconceito na escola”. Financiada pelo Ministério da Educação (MEC), a iniciativa leva ao âmbito escolar de todas as capitais do Brasil a discussão do tema central a partir de equipes multidisciplinares formadas por advogados, antropólogos, pedagogos, psicólogos e sociólogos.
Responsável pela cobertura dos estados do Pará, Amapá e Tocantins, a equipe da antropóloga Fernanda Valli Nummer, pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA), iniciou na manhã desta quarta-feira, 4, ciclo de palestras e oficinas com os educadores e alunos da Maria dos Reis. De acordo com a pesquisadora, o projeto visa mapear as realidades do País para que, posteriormente, ações mais efetivas de combate à violência e ao preconceito sejam realizadas.
Fernanda destacou a diferença encontrada em cada uma das localidades percorridas pela equipe e frisou que a meta é finalizar a coleta dos dados ainda em 2014. “A previsão é que no final do ano nós já tenhamos todos os dados coletados e, a partir disto, pretendemos criar um panorama geral do Brasil no que se refere à violência e ao preconceito no ambiente escolar, o que vai colaborar na elaboração de políticas públicas que combatam estas práticas”, contou.
Soma de intenções
Diretora da Escola Estadual Maria dos Reis, Rosa Maria Maciel da Silva disse que vê no projeto a possibilidade de união de forças com as ações já realizadas na unidade. “Estamos muito satisfeitos por termos sido contemplados pela vinda do projeto, que é de fundamental importância, pois atinge a toda a comunidade escolar”, afirmou.
Com 13 anos, Vitória Lima, aluna do 8º ano do Ensino Fundamental da escola, ressalta que as ações voltadas para combater a violência nas escolas são muito importantes. “Eu já sofri preconceito, bullying em outras escolas que estudei, o que atrapalha muito nos estudos, tira a concentração. Aqui eu estou feliz; todos são meus amigos e me ajudam com tudo”, destacou.
Quem também vê com bons olhos a presença da ação na unidade é o professor de Matemática Jairo Rodrigues Barros. “A gente percebe que há uma irritabilidade natural nos alunos mais novos, uma certa intolerância com diferenças e discutir isto na escola ajuda a amenizar a situação, aumentando a tolerância entre eles”, ressaltou. (Ascom Seduc)