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Economia

Foto: Divulgação

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A partir de 1º de julho, as tradicionais lâmpadas incandescentes de 60W que não atendem a exigência de eficiência energética do Inmetro deixarão de ser produzidas e importadas. A regra é da Portaria interministerial 1007, publicada em 2010, que de 2012 a 2016 prevê a retirada do mercado das lâmpadas que não atendam a valores mínimos especificados na regulamentação.

A extinção da incandescente pelos fabricantes decorre do fato de a tecnologia da lâmpada que foi inventada em 1879 ter estacionado na escala evolutiva e não conseguir ser mais eficiente do que já é. Segundo o engenheiro de produto da empresa de iluminação Lâmpadas Golden, Fábio Oliveira, “os valores indicados na portaria são impossíveis de ser atingidos pela incandescente, inviabilizando sua produção”, diz. 

O Brasil optou restringir a comercialização por um processo gradual, assim como a União Europeia, composta por 28 países, que extinguiu o modelo progressivamente de 2009 até o fim de 2012. Alguns países já baniram o modelo de uma só vez, como Cuba, em 2005; Austrália, em 2010; Argentina, em 2011 e Estados Unidos, no início de 2014.

O objetivo é diminuir o consumo de energia e a emissão de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. A tecnologia LED emite muito menos CO2 que a incandescente. A lâmpada tradicional agrava o aquecimento global por usar a energia consumida muito mais para emitir calor (95%) do que para iluminar (os 5% restantes).

A opção que reúne melhor os atributos positivos da incandescente é o Led (sigla em inglês para diodo emissor de luz). A tecnologia tem opção de tom de luz amarela, semelhante ao da incandescente ou branco, oferecendo economia de energia, durabilidade, possibilidades de personalização da luz, como suporte à dimerização e a vantagem de 98% dos componentes serem recicláveis. “De fato, o Led reúne o melhor de cada tecnologia existente”, afirma Oliveira. O mercado de Led brasileiro terá que em breve passar por outra adaptação. Portarias que preveem a regulamentação da tecnologia estão em fase de conclusão e devem ser publicadas ainda este ano. Com isso, produtos de baixa qualidade não terão mais espaço no mercado brasileiro.

A lâmpada fluorescente compacta é uma opção mais popular para a substituição da incandescente. Consome cerca de 80% menos iluminando mais, tem durabilidade cerca de 8 vezes maior, além de não oferecer só a luz branco frio, mas também as de tom amarelado e branco morno. Só não é vantajosa ecologicamente, pois é preciso descartá-la corretamente, para que não contamine os aterros sanitários com mercúrio, um dos gases que compõem o seu interior. Uma política de descarte, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), está sendo estudada pelo governo federal, que trabalha em conjunto com entidades representativas e com empresas do setor.

As incandescentes com 40W ou menos não serão retiradas do mercado, permitindo ainda o uso em estufas e equipamentos hospitalares. Nesta exceção também se enquadram as lâmpadas utilizadas para iluminação de fornos e geladeiras, as “bolinhas” que iluminam abajures e todos os modelos de halógenas. (Ascom Vértice)