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Campo

Foto: Wladimir Machado

A cadeia produtiva da mandioca, tem recebido incentivos para que a produção no Tocantins se consolide como uma atividade lucrativa para o pequeno produtor. Fruto de um convênio firmado entre o Governo, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), centenas de famílias foram beneficiadas com a implantação de 16 Unidades Demonstrativas (UDs) de mandioca em todas as regiões do Estado.

Tecnologias

De acordo com o engenheiro agrônomo, Edmilson Rodrigues, as UDs servem de referência, pois nelas os agricultores têm disponíveis as novas tecnologias que podem ser utilizadas. “Nesse processo o agricultor tem informações sobre a forma correta de plantio e como diversificar a produção. Além disso, o trabalho desenvolvido pelos extensionistas mostra como intercalar duas culturas, permitindo assim o aumento da produtividade, a redução de gastos, o melhor aproveitamento do solo e a elevação da renda do agricultor familiar”, acrescentou.

Ainda conforme o engenheiro, adotando um plantio correto, observando a correção e análise do solo e o uso de espaçamento adequado, o produtor pode triplicar a sua produção. “Nesse modelo, pode ser consorciado o cultivo da mandioca com o feijão, milho, arroz, abóbora, dentre outras culturas”, acrescentou.

Agricultores

Pedro Pereira Lima, dono da chácara Novo Cristal, no município de Dueré, a 228 km de Palmas, sempre plantou mandioca da forma tradicional, sem manejo adequado. Mas, depois da implantação de uma Unidade Demonstrativa na sua propriedade, afirma que suas expectativas foram superadas. “Sempre trabalhamos na roça e nunca tinha visto algo assim. O tempo de produção é mais rápido, o que antes demorava um ano para produzir, agora é possível produzir duas vezes no mesmo período. Estou muito feliz com os resultados”, frisou com entusiasmo.

Em Tocantínia, a 75 km de Palmas, o agricultor familiar Jerriane Martins de Oliveira apostou na lavoura consorciada da mandioca com o Feijão Caupi e também colhe bons frutos. “A minha propriedade é de 58 hectares, sendo cinco hectares destinados para o plantio consorciado. Atualmente a média de produção é de 30 toneladas por hectares e a expectativa agora é ampliar a área plantada da mandioca, pois pretendo fornecer o produto para uma indústria de processamento, em Aparecida do Rio Negro, e consequentemente melhorar a renda da família”, destacou.

Capacitações

Para incentivar ainda mais o agricultor, o Ruraltins investiu na capacitação de técnicos e produtores rurais visando a melhoria da qualidade da produção e a colocação do produto no mercado. Para isso, cada uma das 16 unidades implantadas capacitou cerca de 20 pequenos produtores, representando um total de 320 agricultores familiares qualificados, os quais se tornaram multiplicadores de informações e de transferência de tecnologia.

Os municípios que receberam as unidades foram: Cariri, Dueré, Pium, Nova Rosalândia, Dois Irmãos, Tocantínia, Rio Sono, Aparecida do Rio Negro, Porto Nacional, Taguatinga, Combinado, Conceição do Tocantins, Araguaína, Santa Fé, Sítio Novo e Araguatins.

Produção

No Tocantins, de acordo com dados do IBGE, a área plantada é de mais de 17 mil hectares, tendo uma produção anual de 220 mil toneladas, com aproximadamente, 115 casas de farinha. A atividade movimenta o equivalente a 35 milhões de reais por ano. (Ascom/Ruraltins)