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Opinião

Foto: Divulgação

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Ainda bem que faltam poucos dias para as Eleições!  É um sacrifício assistir  o horário político eleitoral  principalmente dos candidatos ao governo do estado. Como é vergonhoso ver a falta de ética e de respeito para com o cidadão, durante a propaganda eleitoral gratuita.

Divulgada sem custos para partidos e políticos que disputam uma eleição, a chamada propaganda eleitoral gratuita custa milhões de reais aos bolsos dos contribuintes.

Só este ano, a estimativa da Receita Federal é de que a União deixe de arrecadar R$ 839,5 milhões em impostos com as inserções veiculadas entre 19 de agosto e 24 de outubro.

E o horário eleitoral, que é elencado como direito à cidadania, deveria servir para abrigar candidatos preparados, comprometidos com o desenvolvimento econômico e social, com a ética e a moralidade pública, e com temas relevantes para a sociedade.

Porem se tornou um palanque de acusações e deletérios, de desrespeito à família e ao cidadão, além ser de péssimo gosto, pois o nível dos ataques entre os dois candidatos ao governo é altamente danoso para família e para nossos filhos.  E ainda tem candidato a governo que nos pede para dormirmos tranquilos. Pasmem!

Já o debate em torno de ideias, de soluções para os problemas do Estado  ficou em segundo plano, enquanto as farpas e ataques de ordem pessoal e moral assumiram uma importância descabida.

O que mais nos deixa envergonhados é que são homens públicos que já ocuparam ou ocupam cargos públicos, mas que nos vêem  apenas como uma massa de manobra no jogo político,  e não como  cidadãos pensantes/eleitores.

Como seria agradável se pudéssemos ter o prazer em assistir a um programa eleitoral de alto nível, de ideias, de  propostas baseadas em estudos sócio econômicos, uma agenda com políticas públicas voltadas para a coletividade  que realmente fossem  melhorar de alguma forma a vida de cada cidadão tocantinense, seja na saúde, na educação, na moradia, na segurança pública, e não apenas,  promessas eleitoreiras,  feitas para angariar votos dos  menos providos, principalmente  de educação.

Faltando poucos dias para as Eleições, os nossos principais candidatos ao governo do Estado, orientados pelos  gurus publicitários,  insistem em continuar com ataques pessoais, com ofensas a  família,   deboches, ironias, factoides,  mentiras,  ofendendo a honra e destruindo  a imagem das pessoas, na busca pelo  voto. E no final,  tudo volta  a normalidade,  pois era só uma campanha eleitoral.

O baixo nível da propaganda eleitoral gratuita se deve aos partidos políticos, que usam de todos os métodos sórdidos para elevar o nível de sua representatividade dentro desse modelo questionável de democracia representativa.

 A verdade é que nunca a classe política esteve tão desacreditada.

*Marcio Greick é jornalista